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Esparta, Grécia ~ 23/05/459 a.C.

Quinta-feira, 03:00

Pela madrugada do outro dia, após chegarem em Esparta depois de poucas horas de vôo, Leandros entregaria o escudo e espada de Póllux para Cástor, que pegaria tudo sem dizer nenhuma palavra e iria para sua casa, ao passo que levaria Artamenes, Lisímaco e Alfeu para a enfermaria, onde receberiam os cuidados imediatos e tomariam as poções de cura, surpreendendo o ex-gladiador por conta da avançada medicina e tecnologia local, dizendo:

– Nunca pensei que poderia ver algo assim... parece coisa de outro mundo. Se eu já achava a medicina e a infraestrutura romana avançadas, isso tudo que estou vendo torna elas algo irrelevante. – observaria os cuidados dos médicos, paramédicos e das enfermeiras com a ponta da flecha que arrancavam do persa. – Me sinto mais motivado a aprender coisas assim aqui com vocês. – diria Alfeu, tirando um breve sorriso de Lisímaco, ao lado dele, enquanto veriam a cirurgia delicada em Artamenes.

– Tudo isso apenas é possível graças ao Leandros, a inteligência dele parece algo divino, mas acho que vai bem além! – diria Lisímaco, enquanto Alfeu assentia, conforme era curado.

Logo, após Artamenes conseguir ter aquele projétil removido, ele receberia um pouco da poção de cura, sendo na mesma hora curado de todos os seus ferimentos, ao passo que Leandros pegaria outros 5 frascos com o consentimento do médico plantonista e os guardaria em seu cinturão, olhando para seus filhos e dizendo:

– Bem, precisamos ir para casa... – se voltava para Alfeu. – Alfeu, Vitrúvio, como vocês não têm onde ficar, sugiro que durmam em minha casa, lá eu tenho dois quartos para hóspedes, então vocês se sentirão acolhidos. Pela manhã iremos para o cartório com as crianças para que eu faça o registro delas, vocês também devem vir para que sejam registrados como novos cidadãos oficiais do império e recebam uma moradia. – diria Leandros, tirando um suspiro de alívio do homem.

– Não tenho palavras pra expressar minha gratidão, Hécaphaesticos. – diria Heráclio, enquanto Leandros apertaria a mão dele.

– Quanto aos meninos, após o registro, irei matriculá-los no agogē, ao passo que as meninas receberão educação direta da minha irmã, Gorgo. – tocava na cabeça de dois de seus filhos e se agachava. – Acabou, meus filhos... ninguém mais irá ameaçá-los. – diria Leandros, recebendo uma afirmação das crianças, que o abraçariam, chorando.

Depois disso, chegando em sua casa, seus filhos, Alfeu e o próprio Vitrúvio se vislumbrariam com a aparência majestosa daquela residência, que em sua fachada muito lembrava os templos gregos clássicos e alguns templos romanos, misturando elementos dóricos, egípcios e medievais.

— ☆ —

As paredes dela eram feitas de tijolos maciços e especiais, que por sua vez estavam pregados através de uma super-argamassa que misturava composição química moderna para sustentar grandes pesos e composição química da argamassa dos romanos antigos, dando longevidade à estrutura.

Sobre os tijolos e a argamassa haviam outras camadas como na alvenaria moderna, ou seja, chapisco, reboco e emboço, todos sendo feitos de um concreto super reforçado e durável, recoberto por gesso e, finalmente, a tinta para dar acabamento, sendo uma tinta de resina Epóxi, altamente durável, lisa e pouco inflamável.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), RevoluçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora