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Enquanto o discurso de Vitrúvio se iniciava, concomitantemente, Cneu e sua família chegariam na arena junto à Leandros, Alfeu (Hermes) e Artamenes, sendo os últimos a chegarem, pois Cástor, que era o competidor, havia sido levado primeiramente para se preparar no subsolo do Coliseu, onde estava o arsenal de equipamentos, espaço para alongamento e alimentação prévia.
Mas ao chegarem no local, os membros daquela família, assim como Leandros, seriam barrados por um membro da guarda Urbana, que os impediria de ir ao seu camarote reservado para os lanistas donos dos gladiadores que iriam lutar, dizendo:
- Perdão, senhor, mas por acaso há algum problema? Reservamos o camarote sul para podermos ver a luta e o imperador com mais clareza. - questionava Cneu, enquanto o Urbano se manteria neutro e convicto de seu objetivo.
- O imperador deu a ordem para que, assim que o patrocinador do combatente de Spiculus, sua família e o dono do gladiador chegassem, estes fossem levados para seu camarote particular, então considere isso uma honra. - diria o soldado, deixando todos surpresos, mas ainda mais o espartano, que sabia não haver nada de bom naquele convite.
- Isso é incrível! Vou poder ver o mesmíssimo imperador! Que ótimo!!! - exclamava Cneu, indo com eles para a escadaria que dava acesso ao camarote de Nero.
- Ei, psiu... - chamava Leandros. - O que foi que aquele guarda sombrio gigante estava tentando dizer? - perguntava Artamenes, sussurrando para o espartano.
– Nero nos convidou para o camarote particular dele... isso não me cheira bem. – sussurrava Leandros, sendo um sentimento idêntico sentido por Artamenes.
– Ele deve ter desconfiado de alguma coisa, vamos agir com cautela diante dele. – sussurrava Artamenes, sendo afirmado pelo espartano.
Após subirem pelo interior do Coliseu, Leandros caminharia com os demais até o camarote do imperador, o qual era o mais belo e adornado do mundo antigo, contendo um espaço com grandes cortinas de linho muito grossas, se localizando ao lado de um palco de intérpretes e dramaturgos, que equivaliam aos modernos comentaristas esportivos.
No momento que adentrariam o camarote e se reuniriam com Nero, estes se surpreenderiam ao vê-lo com sua família toda, incluindo suas 3 esposas, seus filhos e principalmente, um homem alto, com aparência quase decrépita e muito amedrontadora, sendo ele Sejano, deixando Leandros e Artamenes com um enorme calafrio percorrendo sua espinha, especialmente pelo espartano não poder usar nenhuma de suas habilidades devido ao poder mágico do pretoriano.
Depois de cumprimentar o patriarca e seus filhos, assim como Lívia, as escravas e suas crianças, Nero cumprimentaria também o espartano e o persa, que, devido ao temor, estariam com suas mãos suando, levantando ainda mais suspeitas, enquanto o romano, ironicamente, diria:
– Ora, ora, ora... afinal de contas, você realmente não é de fugir do desafio, não é, Lykos? – ironizava Nero, conforme dava um sorriso debochado e bebia seu vinho.
– Hmm... você é mesmo corajoso, estrangeiro. Posso até dizer que sua coragem se parece à dos gloriosos espartanos, que não davam pra trás em seus desafios, estou errado? – ironizava Sejano, conforme Leandros seguraria fundo sua raiva e buscaria transmitir sua confiança e postura para eles.
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ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), Revolução
Fiksi SejarahDepois de sua ida a Troia, Leandros e seus companheiros retornariam a Esparta para entregar o relatório para o imperador Helemênida, Plistarco, mas ao chegar ele lembraria de sua ida a Roma anos antes e decidiria montar uma expedição pequena de apen...