- ( XVI ) -

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Pouco após quebrar o punho de Spiculus, Cástor socaria o rosto do gladiador e o deixaria de joelhos, chutando seu peito, que mesmo com toda essa proteção oferecida por sua couraça e subarmalis, seria jogado para a parede do Coliseu logo atrás dele, se chocando brutalmente nela, que se racharia pelo impacto.

O esplendor da presença de Cástor, somado ao seu repentino aumento de força, o fariam surpreender todo o público, que aplaudiria sua nova forma, enquanto alguns vaiavam Spiculus, deixando Nero enfurecido, enquanto se aproximava da mureta e dizia:

— Spiculus, o que está havendo? Estão todos rindo de nós! Se recomponha e acabe com ele, ou vai deixar que nos humilhem? — gritava Nero, enquanto Leandros, logo atrás, se encontrava impaciente.

– Anda, Neókoles... já era pra haverem detonado as bombas. – pensava Leandros, quando então, de longe, todos se espantariam com uma explosão ocorrida próxima das muralhas.

— O que foi aquilo?! — perguntava Cneu, quando, naquele instante, explosões em massa ocorreriam por todo o Fórum, Circo Máximo e em algumas arquibancadas do Coliseu, estremecendo o local.

– Maldita seja!!! Pode me explicar o que significa isso, SEJANO?!! – questionava Nero, enquanto o chão estremecia no centro da arena.

Após um tremor ainda mais pesado, o chão do centro da arena do Coliseu se abriria ao meio e Cástor, junto com Spiculus, cairiam dentro dele, se perdendo entre a nuvem de fumaça.

Enquanto isso, o espartano se levantaria rapidamente e sacava o rosto de Sejano, atordoando-o e pouco depois ativando sua marca em meio à todos, segurando o mesmo pelo pescoço e girando 360°, arremessando-o do outro lado do Coliseu e imediatamente invocando o sabre de Artamenes e sua pistola-estilingue, jogando ambas armas para o persa e para Alfeu.

– E-então você era o Hécaphaesticos este tempo todo, Lykos?! – perguntava Cneu, engolindo saliva ao ver os poderes de Leandros.

– Sim, e como pode ver, não era eu o verdadeiro monstro aqui, Nero trapaceou com o gladiador dele, então mesmo se o que estávamos fazendo aqui fosse verdade, ele teria trapaceado mais e mais para vencer e tirar tudo de vocês! – diria Leandros, enquanto Alfeu apontava a pistola-estilingue dele para a cabeça do imperador romano.

– Não seja patético, Hécaphaesticos! – encarava o espartano e os demais. – As massas precisam de um campeão que os faça acreditar que são representados por ele, como poderia deixar Spiculus perder para alguém como um estreante? – diria Nero, enquanto as explosões seguiriam devastando a arena.

– Ele está na minha mira, Hécaphaesticos! Devo ceifar a vida deste tirano? – perguntava Alfeu, conforme Leandros negaria com a cabeça.

– Temos que aproveitar essa chance para escapar... – olharia para Artamenes e falaria, em grego, para ele. – Vá, meu amigo, leve as crianças e as mães delas contigo para longe daqui! – diria Leandros, enquanto seu amigo, sem pensar duas vezes, concordaria.

Longe dali, no outro lado da arena, Sejano estaria com ferimentos severos espalhados por seu corpo, enquanto se levantaria do chão, buscando se curar usando sua magia para tal, porém, surpreendentemente, seus poderes mágicos não conseguiam curá-lo em sua totalidade, apenas estancando o sangramento e reduzindo sua dor, de modo que este franziria o cenho e pensaria:

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), RevoluçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora