(...)
Quando Leandros, Artamenes, Lisímaco e as mulheres chegariam no quarto outorgado à este pelo patriarca, o espartano fecharia a porta e colocaria nela a tábua para trancá-la, fazendo as mulheres franzirem a testa e se prepararem para gritar, quando então ele ergueria a mão para que não se desesperassem, dizendo:
– Quero mostrar-lhes uma coisa... – ativava sua aura de maná, que apenas era vista por seus filhos, e pouco depois ativava a sua marca, sendo vista pelas 3, que se surpreenderiam por haverem visto a mesma coisa em seus filhos. – Há quase 6 anos nós 4 estivemos juntos na residência de seu falecido marido, Cornelius, e sei que estas crianças são meus filhos, pois possuem a mesma marca que eu. – diria Leandros, enquanto as marcas de nascença das crianças brilharia, tal qual a sua, deixando as mulheres impressionadas.
– D-dominus....Júpiter?! É você?! – questionava Lívia, chocando as duas escravas, que se lembrariam imediatamente do dia das termas.
– Eu usei esse pseudônimo para que não me descobrissem aquele dia, mas meu nome real não é esse, e se quiserem saber não devem gritar! – diria Leandros, invocando em sua mão o martelo de Bæwulf, dando um susto momentâneo nelas devido à "mágica".
Porém, quando elas iriam soltar um grito pra alertar os guardas, o espartano, em um ato reflexo, tocaria na parede do quarto com a ponta do martelo e emitiria energia de vibração, impedindo que o som dos gritos se propagasse para fora daquele quarto, enquanto Artamenes se colocaria na porta para impedi-las de fugir, caso fosse necessário.
– V-você está nos dizendo... que é o... – antes de Lívia completar sua frase, Leandros assentiria.
– Eu sou Leandros, o Hécaphaesticos, aquele de quem o imperador está atrás há anos. – diria Leandros, fazendo as 3 mulheres entrarem em choque ao ponto de cambalearem.
– Como isso... como é possível?? Nos deitamos com o maior inimigo de toda Roma... todo esse tempo era você o culpado de nossa desonra! Pensamos por tanto tempo que fosse realmente Júpiter nos visitando, nos concedendo a honra de ter o seu fruto, mas esse tempo todo era só uma farsa! – exclamava Lívia, enquanto Leandros se aproximava dela e das demais, erguendo suas mãos para os ombros da mesma, que se afastaria na mesma hora.
– Eu não quis enganá-las, mas não tive escolha, pois estava em missão aquele dia. – diria Leandros, tirando um suspiro de raiva de Lívia.
– Por acaso tem ideia de como nossos filhos sofreram por isso, Hécaphaesticos?! Cornelius quase nos joga aos cães, quase morremos por causa dos rebeldes que servem à ti, e você simplesmente volta achando que pode se aproximar de nossos filhos mais uma vez? É isso mesmo? – questionava Cássia, pouco antes de Leandros abaixar sua cabeça.
– Nos diga um bom motivo pra não sairmos daqui agora e chamarmos os guardas. – indagava Scipia, enquanto Leandros suspirava fundo.
– Com meus poderes, de hoje, até o fim de meus dias, eu sou um alvo para todos aqueles que almejam usá-los com intenções análogas às minhas convicções de criar um mundo próspero e de paz... – olhava para Lucius, que se escondia atrás de Lívia. – Nas mãos erradas, meus poderes, de conhecimento ilimitado, se tornam uma arma que pode ser uma ameaça não só para meu império, quanto para todo o mundo! – se lembrava do sonho em que um de seus filhos trazia o Caos. – Um dos homens mais próximos ao imperador, Sejano, é um destes homens que fariam de tudo para usar nossos filhos como uma arma, e eu não posso permitir isso, por esse motivo estou aqui, para levá-los junto à vocês para Esparta, longe das garras má-intencionadas de Sejano e sua corja. – diria Leandros, surpreendendo as 3, que não acreditavam no que ele dizia, mas sentiam, no fundo de seus corações, que seus filhos eram mesmo especiais e deviam ser protegidos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), Revolução
Historical FictionDepois de sua ida a Troia, Leandros e seus companheiros retornariam a Esparta para entregar o relatório para o imperador Helemênida, Plistarco, mas ao chegar ele lembraria de sua ida a Roma anos antes e decidiria montar uma expedição pequena de apen...