- ( IV ) -

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(...)

Após algum tempo, Leandros chegaria na pousada licínia de forma discreta, subindo até o último andar pelas escadas dos fundos e indo ao seu apartamento, onde veria seus companheiros reunidos, sentados sob cadeiras ao redor de uma mesa, preocupados com sua demora, ao que Artamenes diria:

– Leandros, o que foi que aconteceu? Achei que não iria mais voltar! O que descobriu com aquele Latino? – questionava Artamenes, enquanto Cástor fechava a janela e Leandros limpava a mesa, colocando um pergaminho nesta, o qual tinha o mapa da cidade detalhando as áreas em disputa territorial com os rebeldes.

– Esse mapa é o mais recente que encontrei nos artigos da torre de vigilância dos romanos, e pelo visto nossos aliados fizeram um bom estrago, vejam... – apontava pra 2 áreas completamente dominadas e 4 em disputa, todas estas últimas com vantagem para os rebeldes. – Basicamente 6 regiões da cidade quase totalmente dominadas pelos rebeldes, com apenas essa área rodeada pela muralha central e o que eles chamam "Campos de Marte" sob domínio pleno romano. – diria Leandros, enquanto deixava todos muito animados com aquela vitória.

– Que ótima notícia! E descobriu algo sobre os rebeldes presos? – perguntava Cástor, enquanto Leandros suspirava fundo.

– Eu sei de uma forma de resgatarmos eles, consegui algo que permite a qualquer indivíduo, especialmente soldado, entrar no centro desta cidade sem interferência dos guardas. – invocava o Lascio. – Póllux, você e eu iremos até a Prisão Marmetina no centro da cidade. – jogava o cetro-machado pra ele, que o pegaria pouco depois. – Vista-se com as roupas romanas, e assim que chegarmos na frente das muralhas os romanos vão falar várias coisas para irmos embora, mas nisso mostre o cajado e diga em voz alta: "Permissio ad Centurione Gnaeus", que quer dizer que a permissão veio do centurião Cneu. – diria Leandros, enquanto Póllux tentaria repetir suas palavras em Latim, tendo certa dificuldade, mas conseguindo.

– Mas mesmo que os libertem, como vão escapar depois? Se o que falou é verdade, a região deve ser a mais protegida da cidade, talvez do império deles. – comentava Cástor, enquanto Leandros traçava uma linha com seu dedo até sudoeste.

- Se fugirmos até o cais do Tibre, que é basicamente alojado junto à Muralha nas margens do rio, poderemos seguir rio abaixo até... – apontava pro Janículo. – Aqui. Artamenes, deixo à você o dever de se comunicar com Neókoles para deixá-lo ciente de nosso plano e que estamos aqui em uma missão secreta. – diria Leandros, enquanto Artamenes pegaria o teléphonos de sua caixa de equipamentos e começaria a discar.

Assim, depois algum tempo deixando claro seus planos aos seus aliados da cidade e o motivo que havia os levado até ali, os preparativos para o resgate dos prisioneiros havia sido iniciado.

— ☆ —

Roma, Império Romano ~ 19/05/459 a.C.

Domingo, 00:29

Depois de algumas horas, Leandros e Póllux deixariam a Ínsula pelos fundos e caminhariam pelas ruas, com o espartano, desta vez, fingindo estar sendo levado preso, usando as mesmas algemas e correias adulteradas de Cástor.

Ao chegarem nos portões do muro, dois soldados barrariam eles, mas Póllux imediatamente mostraria o Lascio e repetiria as palavras que Leandros havia lhe ensinado, fazendo os dois abrirem o portão sem pensar duas vezes, permitindo a entrada de ambos.

ΠΕΠΡΩΜΕΝΟ (Destino), RevoluçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora