VICTOR AUGUSTO
São Paulo,
Brasil📍— Aí rapaziada, eu não sei disso aí não. — falo rindo enquanto olho para o chat.
Deve ser umas 13:30, comecei a fazer live depois do almoço, enquanto Tainá estava fazendo publi, uma coisa dessas ai.
— Vai colocar a Malu no mundo dos gamers? — leio uma pergunta. — Só se ela quiser, né. Mas, seria a coisa mais fofa a mini versão de mim jogando, não ia? — falo imaginando a cena. — Eu sou babão mesmo! Eu hein. — resmungo.
— VICTOR! — ouço o berro de taina e quase caio da cadeira pelo susto.
— Eita, porra. — falo baixo, me recuperando. — O QUE FOI? — grito de volta, mas escuto a porta abrir com força.
Olho na sua direção e vejo a roupa que ela estava toda molhada.
— Ué, amor, fez xixi? — pergunto rindo, mas paro assim que vejo seu olhar em mim.
— Otario. — resmunga. — A bolsa estourou, Victor! — diz e senta na cama.
A bolsa estourou?, que bolsa...?
PUTA MERDA!
— AI MEU DEUS! — berro me levantando em um pulo. — Vou ter que parar por aqui, gente! — falo e desligo a live. — E agora? — pergunto passando a mão no cabelo, nervoso.
— A gente tem que ir para o hospital! — diz, aparentemente calma.
— Verdade! — falo e ajudo ela a se levantar. — Vou te deixar no carro e depois venho pegar as coisas. — falo, mas ela nega.
— Eu não vou ter a minha filha nessas condições. — vai até o closet. — Não quero que a criança se assuste quando me ver. — diz.
Aproveito para mandar um áudio avisando todo mundo que estávamos indo para o hospital. As coisas da Malu já estavam no porta-malas, afinal, ela poderia vir a qualquer momento.
— Amor, vamos logo! — apresso a mulher que estava passando alguma coisa no rosto.
— Vamos, vamos! Minha filha quer nascer logo! — diz após fazer uma cara de dor.
Ajudo ela a descer as escadas enquanto falo para ela respirar devagar. Entramos no carro e eu dou a partida para o hospital.
— Avisou sua mãe?, a minha? — pergunta rápido.
— Avisei todo mundo. — falo olhando a rua.
Assim que estaciono na frente do hospital, desço primeiro e ajudo Tainá a descer, em seguida, pego as bolsas da nossa neném.
— Moça, minha mulher vai ter a nossa bebe! — falo para a menina da recepção.
— A bolsa já estourou? — pergunta após pedir uma cadeira de rodas para uma enfermeira que logo trás.