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LÍLIA GRAY

📌 Florida, EUA

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📌 Florida, EUA

Se eu não estivesse com a perna machucada, teria começado a andar de um lado para o outro, porque poderia jurar que uma das piores coisas para uma pessoa na minha situação era ficar completamente parada, sentada em uma cama

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Se eu não estivesse com a perna machucada, teria começado a andar de um lado para o outro, porque poderia jurar que uma das piores coisas para uma pessoa na minha situação era ficar completamente parada, sentada em uma cama.  Eu nem sabia onde estava direito. Ok, era a casa do tal vinnie hacker, e tudo o que eu sabia dele era que tinha um tamanho intimidador, que aparentemente treinava luta em uma academia e que era sério, quase ranzinza.

Uma combinação que com certeza me deixava muito aliviada. Só que não.  Ele estava com Thomas. Garantira que estavam cuidando dele, e eu só rezava para que isso fosse verdade, porque eu não passei por tudo que passei para proteger aquele menino para, no fim das contas, acabar sendo a culpada por tê-lo machucado. 

Mas será que alguém teria, de fato, coragem de fazer algo contra um serzinho tão inocente e adorável?  Bem... eu tive a prova viva que sim.  Enquanto eu continuava lidando com a minha confusão de pensamentos, ouvi uma batida na porta do quarto e permiti a entrada da pessoa. Por alguns instantes temi que se tratasse de vinnie novamente, mas eram duas mulheres. Uma carregava uma bandeja e a outra, o bebê.  Esqueci a dor imediatamente e me levantei da cama, praticamente correndo para Thomas, pegando-o e acomodando-o no meu colo, segurando-o contra o peito e sentindo-o reagir a mim, como sempre acontecia. 

De uma forma ou de outra, Thomas, apesar de tão pequenininho, sempre me viu como seu porto seguro. Eu era a pessoa que chegava para acalentá-lo e protegê-lo nas noites mais sombrias em sua casa. Eu era a voz suave que cantava para ele dormir, que sussurrava que tudo ia ficar bem. Então ele encostou a cabecinha no meu peito, agarrou a camisa que eu estava usando – que não pertencia a mim – com a mãozinha e começou a ressoar baixinho. 

— Nossa, ele realmente gosta de você — a mulher mais jovem comentou com um enorme sorriso.

— É um garotinho muito bom. É seu filho. 

— É. É, sim — sustentei a mentira. Não podia confiar em ninguém ali dentro.  Era duro ter endurecido um pouco o meu coração e não conseguir mais acreditar na bondade das pessoas depois de ter visto tanto mal. Eu costumava ser uma garota mais sonhadora, mais crédula, só que quando se passa pelas coisas que passei, nossa mente é tomada por pensamentos muito sombrios e o senso de proteção prevalece. 

𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐑𝐎𝐓𝐄𝐂𝐓𝐎𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora