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LÍLIA GRAY

📌 Florida, EUA    

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📌 Florida, EUA    

O cenho franzido de vinnie me dizia muitas coisas

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O cenho franzido de vinnie me dizia muitas coisas. Eu tinha mil teorias a respeito do que poderia estar pensando, e nenhuma delas era animadora. Nervosa, comecei a estalar os dedos, uma mania que tinha perdido há muito tempo, desde que me tornei babá, aos quinze anos, porque uma das menininhas de quem cuidei se machucou ao me imitar.

Minha vida nunca foi fácil, se pudéssemos colocar dessa forma. Perdi meus pais aos doze e fui morar com uma tia, irmã da minha mãe, que eu nem conhecia. Embora nunca tenha me maltratado, ela não era exatamente carinhosa e nunca tivemos uma ligação produnda. Era uma mulher mais idosa – já que minha mãe foi um bebê temporão – e gostava de silêncio, música clássica, seus livros e seus gatos. Ela me deu teto, comida, estudo, pagou por aulas de inglês, de piano e até de costura – como se eu fosse uma donzela do século passado –, mas quando fiz dezoito anos, ela faleceu.

Deixou um documento permitindo que eu continuasse morando na casa até me casar, mas que depois disso o imóvel seria doado para a igreja, já que era muito religiosa. Era direito dela, claro, e eu também não tinha nenhuma pretensão de usufruir de um bem ao qual eu não tinha o direito de usufruir. Mas continuei morando lá e continuei a trabalhar para me sustentar. Foi quando conheci os Oviedo. Parecia uma família muito distinta, muito tradicional. Um empresário em ascenção, vizinhos da minha tia, e eles tinham um bebê recém nascido. Logo que fui trabalhar para eles, tudo me soou muito estranho, porque Carlos Alberto – o pai da criança – parecia ter um imenso desprezo pelo menino. Mas mais do que isso, ele também demonstrava um enorme ciúme.

Tanto que vivia afastando a esposa do bebê, como se quisesse competir. Então eu entrei. Angélica era visivelmente apaixonada por seu bebê, queria ficar com ele, mas morria de medo do marido; então eu passei a morrer de medo dele também. E tudo ficou pior quando... Bem, eu nem queria lembrar. Não naquele momento em que precisava ser forte, que precisava confiar em mim mesma para tirar a mim e a Thomas da enrascada em que nos enfiamos, pensar em coisas que me deixavam assustada poderia estragar tudo.

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