twenty-seven

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LÍLIA GRAY

📌 Florida, EUA    

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📌 Florida, EUA    

Eu já sabia que isso iria acontecer

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Eu já sabia que isso iria acontecer. Sabia que em algum momento, mais cedo ou mais tarde, Thomas teria que retornar para sua mãe.  A ideia existia na minha mente, mas sempre tentei deixá-la para depois, afastando o pensamento para que não fosse um sofrimento antecipado, mas eu sentia que não estava preparada. 

Tentava comemorar o fato de que ele estava retornando para a mãe, em segurança, já que o desgraçado de seu pai não apenas fora preso, mas cometeu suicídio na cadeia, enforcando-se em sua cela, antes mesmo de ser julgado. Provavelmente sabia de toda a vergonha pela qual iria passar, conhecia as acusações que receberia e ficara com medo de ir para uma penitenciária, onde os pedófilos não eram exatamente bem-recebidos. 

A vida que estava prometida para Thomas era bonita. Sua mãe e seu pai iriam amá-lo, e ele teria sua família de verdade, como deveria ser.  Só que isso não me privou de um pequeno período de depressão.  Era muito triste pensar que as duas crianças que eu mais amava no mundo não eram minhas.  Depois que Thomas saiu da casa de vinnie, deixando nossa proteção, para ir morar com os pais, tornei-me um pouco mais dependente emocionalmente de Sara.

Não queria e não podia perdê-la, então passava muito tempo com ela, observando-a e amando-a de todas as formas possíveis. Eu me sentia como sua mãe, não apenas por estar namorando seu pai, mas porque meu sentimento por aquela menininha era grande o suficiente para preencher meu coração inteiro. Às vezes tinha a impressão de que ele poderia explodir.  Angélica prometeu que levaria Thomas constantemente para me visitar, e que eu poderia sempre aparecer, mesmo sem convite, porque seria bem-vinda. Ainda assim não me poupou do sofrimento. 

Cheguei a ficar um pouco mal de saúde, enjoada e prostrada, preocupando vinnie que me levou para fazer alguns exames, mas eu nem foquei no resultado. Meus dias se resumiam em ficar com minha garotinha e, à noite, me agarrar ao homem que eu amava, que estava sendo mais compreensivo e maravilhoso do que eu poderia imaginar. 

Dois dias depois de eu sair para fazer o exame, ainda estava na cama, em um sábado, quando as cortinas foram abertas de súbito, despertando-me com o sol bem no meu rosto. Talvez eu tivesse dormido um pouco de mais, porque lá estava vincent, já de banho tomado – provavelmente depois de seu treino matinal –, com um sorriso no rosto.  Seus sorrisos continuavam um pouco contidos, mas seu rosto se iluminava quando fazia isso. Mesmo com o mais leve vislumbre de uma expressão de contentamento, ele me fazia amá-lo ainda mais. 

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