sixteen

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LÍLIA GRAY

📌 Florida, EUA    

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📌 Florida, EUA    

A casa estava repleta de crianças, e eu poderia jurar que nunca tinha visto Sara tão empolgada nas duas semanas que trabalhava na casa da família Hacker

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A casa estava repleta de crianças, e eu poderia jurar que nunca tinha visto Sara tão empolgada nas duas semanas que trabalhava na casa da família Hacker.  Não era muito difícil, para alguém que passava o dia inteiro com ela, com exceção dos momentos em que ia para a escola, perceber que era uma menina muito, muito sozinha. Era até estranho pensar nisso, porque era tão sociável, carinhosa e cheia de energia, que me intrigava o fato de não ter dezenas de amigos fazendo fila na porta de sua casa para que brincassem. 

A visita de Lúcia, a esposa de Hélio, chegou em um momento muito propício.  Por mais que eu estivesse sempre presente e adorasse o meu trabalho de cuidar da menina e entretê-la, minha companhia não deveria bastar, nem a de Thomas. Éramos três pessoas de faixas etárias completamente diferentes, e Sara precisava de amiguinhos de sua idade para brincar. Sentia que a doce garotinha estava se apegando demais a mim, o que não me incomodava, mas temia que isso fosse prejudicial a ela.  Ainda não sabia o que aconteceria comigo.

As coisas estavam correndo bem, frouxas, e eu sabia que vinnie estava cuidando das coisas, como me dissera uma vez, em um dos jantares que tivemos "em família", mas surpresas poderiam surgir. E se eu fosse presa? Se a justiça determinasse que eu era, de fato, uma sequestradora e me levassem para a cadeia? Havia noites que eu passava rolando na cama, de um lado para o outro, só pensando nisso e demorando para dormir. Eu não tinha mais só um bebezinho sob meus cuidados. Passara a ter também uma menininha maravilhosa que se apegara a mim. Não queria ser arrancada dela e deixá-la sofrendo.  Só que enquanto eu via as três crianças correndo, com Thomas observando-o animado de seu cercadinho, aos meus pés, tentava afastar esses pensamentos. Precisava viver o presente e deixar o futuro para que Deus tomasse conta. O que tivesse que acontecer, aconteceria. 

— Dá gosto de ver, né? — Lúcia, ao meu lado, comentou, tomando uma limonada preparada por D. Vânia, que estava uma delícia naquele dia quente. 

— Sim. Eles parecem ter se dado bem. Me surpreende que não se conhecessem, já que seu marido parece tão amigo de vinnie. — Lúcia riu. 

— Ah, querida... Não sei se poderia chamar vinnie de amigo de Hélio. Eles dois se dão bem, embora sejam de mundos muito diferentes. Já saímos juntos, e já viemos aqui algumas vezes, mas seu chefinho é bastante fechado. Já deve ter reparado isso. — Assenti, porque aquilo era bem óbvio, impossível de negar.  Lúcia remexeu-se na cadeira, virando-se para mim, como se estivesse pronta para me contar um segredo. 

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