twenty-two

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VINNIE HACKER

📌 Florida, EUA

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📌 Florida, EUA

Fazia muito tempo que eu não chegava na empresa, em uma segunda-feira, com um humor como aquele

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Fazia muito tempo que eu não chegava na empresa, em uma segunda-feira, com um humor como aquele. Provavelmente alguns funcionários até estranharam, porque eu cheguei dando bom dia e consegui até sorrir, e suas respostas foram me olhar com estranheza. Bem... eu não poderia culpá-los. Foi o que eu plantei e colhi. Mas naquele final de semana, consegui entender que algumas coisas poderiam ser modificadas. Graças a uma menina linda, que vira em mim algo que nem eu mesmo conseguia enxergar, compreendi que com um pouco de força de vontade era possível reconstruir o que jurávamos estar quebrado.

Os dois últimos dias foram um marco na minha relação com a minha filha, e eu praticamente consegui conhecer a menina maravilhosa que ela tinha se tornado. Primeiro através das palavras de Lília e, depois, através de nossa interação. Eu nunca poderia imaginar que seria tão gostoso me entregar a dias lúdicos com duas crianças – sim, porque aquele garotinho também mexeu com o meu coração e me conquistou. Dias esses que começavam inocentes e divertidos e terminavam com Lília na minha cama, metamorfoseando-se da doce babá que ela era, dedicada, atenciosa, carinhosa e séria quando precisava ser, na mulher sensual, receptiva, por quem eu estava completamente louco.

Aquela garota estava me transformando, me moldando como um origami em suas mãos. E eu estava permitindo, porque certamente foi a melhor coisa que me aconteceu em muito, muito tempo. A partir daquele dia, as reuniões não foram enfadonhas, o almoço que tive com um cliente não foi tedioso e demorado, os contratos que precisei ler nem me deixaram sonolento. Eu gostava da minha profissão, mas as coisas sempre pareciam ter um gosto mais amargo. Só que era como se uma porta para um novo mundo tivesse se aberto para mim, porque tudo o que eu fazia parecia menos pesado conforme eu pensava que em breve estaria em casa novamente, para passar minhas horas com minhas duas meninas e... Bem... aquele garotinho que não me pertencia, mas que enchia a minha casa de luz.

Foi a partir daí que comecei a entender que a minha vida poderia ser da forma como eu desejasse que fosse. Era só me esforçar um pouco para isso. E, definitivamente, não era nem um pouco difícil ou custoso entrar no clima que minha casa tinha adquirido. Acolhedor. Feliz. Com sons de gargalhadas e sorrisos, que eu mesmo não reconhecia em mim. Foi pensando em toda essa harmonia e no quanto aquelas crianças e Lília eram importantes para mim, que eu entrei em contato com Nuno, pedindo que desse prosseguimento a uma investigação mais profunda a respeito de Oviedo. Eu não queria apenas ter meios para defender Lília caso fosse necessário. Queria fodê-lo. De verdade.

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