epílogo

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VINNIE HACKER

📌 Florida, EUA    

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📌 Florida, EUA    

Se algum dia alguém me dissesse que eu não precisava descontar minhas frustrações em um saco de areia, porque eu seria o homem mais feliz do mundo, eu teria dificuldade de acreditar

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Se algum dia alguém me dissesse que eu não precisava descontar minhas frustrações em um saco de areia, porque eu seria o homem mais feliz do mundo, eu teria dificuldade de acreditar. Mas era verdade. Eu era completo. Em todos os sentidos. 

Só que treinar ainda era algo que me fazia bem e clareava minha mente, embora, muitas vezes, durante o silêncio da sala da academia, eu me pegasse sorrindo ao me lembrar de alguma palhaçada das crianças, algum momento de todos os adoráveis que passávamos juntos, de alguma viagem que tínhamos feito... enfim, as memórias eram muitas e todas maravilhosas.  Só que depois de algum tempo, eu passei a não mais treinar sozinho. Aqueles momentos solitários, por mais que fossem bons e que eu gostasse de passar algum tempo só comigo mesmo, começaram a ser preenchidos por pessoinhas pequenas, que queriam aprender como dar alguns socos. 

Eu tinha alunos. Três, muito empenhados.  Olhei para o lado e vi Sara, com onze anos, com suas luvas cor de rosa, Thomas, quase com sete, muito focado, com seus cabelinhos ruivos suados, e meu pequeno Raphael, o caçulinha da turma, loirinho como eu, mas com os olhos azuis da mãe, o mais animado e empenhado.  Eu os ensinava todos os dias, pela manhã, antes de irem para a escola, mas às vezes, quando eu chegava em casa e corria para treinar um pouco, lá vinham eles.

Nunca me sentia interrompido. Eu me sentia afortunado.  Thomas passava bastante tempo na nossa casa, porque seus pais trabalhavam fora, e ele era apaixonado por Lília e Vânia. Apesar da fortuna que recebeu do falecido marido, Angélica assumiu a empresa em parceria com Philip, e eles estavam indo muito bem. Minha esposa, por sua vez, ficara um pouco mais de tempo em casa, dedicando-se às crianças, mas voltara a estudar, fazendo Pedagogia à distância. Ela estava muito animada com o curso e sempre conversávamos muito sobre sua evolução. 

Já estávamos cansados por aquela noite quando uma batida na porta me fez ver minha linda mulher, observando-nos. Sempre que passávamos um pouco da hora ela vinha, para nos chamar para jantar, e para entregar um Thomas bastante sujinho de suor para os pais.  Olhei para ela, com um olhar culpado. 

— Perdi a hora — disse, aproximando-me e beijando-a na boca, o que fazia os dois meninos sempre fazerem sons de "eca". Sara não dizia mais nada a respeito disso. Começava a me preocupar com o momento em que ela iria começar a querer beijar por aí também.  Seria uma moça linda, disso eu não tinha dúvidas.

Ela se parecia comigo, mas tinha alguns traços da mãe, só que sua personalidade era toda igual à de Lília, embora as duas não fossem relacionadas de sangue. Só que eu tinha certeza  de que tinham almas gêmeas de tanto que se entendiam no olhar. 

— Mamãe, você prometeu que ia me ajudar no dever de português depois do jantar, não se esqueça — Sara falou, interrompendo meus olhares para ela. 

— Não esqueci, mas antes a senhorita vai tomar um belo banho. Thomas, sua mãe já chegou, está lá embaixo para te levar para casa. — Raphael deu uma risadinha, escondendo-se atrás do pai, como se isso fosse suficiente para que ele se livrasse do banho.

— Nada disso, bonitinho. Você também, Vânia está te esperando. Já para o chuveiro. — As crianças começaram a correr e se espalhar, me deixando sozinho com Lília na sala de musculação. Ela estava prestes a sair, mas eu agarrei seu braço e a puxei para mim, fazendo-a bater de encontro ao meu peito suado. 

— Quanto tempo acha que conseguimos ficar aqui sem nenhum deles voltar? — perguntei baixinho, bem próximo ao ouvido dela. 

— Algum. Vânia vai segurá-los para nós — ela respondeu, maliciosa, o que eu adorava.  Sem nem pensar duas vezes, me perdi em sua boca, e nós começamos a tirar a roupa, jogando-a por todos os lados. 

Sim, eu nunca poderia imaginar, mas eu realmente era o homem mais feliz do mundo. Graças ao acaso. Graças ao destino. Ainda bem.

(FIM)

- bia

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