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VINNIE HACKER

📌 Florida, EUA    

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📌 Florida, EUA    

Acordei de um sono agitado, sentindo o suor preencher minha testa

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Acordei de um sono agitado, sentindo o suor preencher minha testa. Fazia um bom tempo que eu não tinha uma noite de pesadelos, mas aquela veio como um furacão. Era sempre a mesma coisa. Nos meus sonhos eu não ficava apenas viúvo, mas também perdia Sara. Ela era arrancada de mim, cada vez de uma forma diferente – às vezes para a morte ou simplesmente levada por alguém –, e eu nunca tinha a oportunidade de ser o pai que sempre vinha prometendo que seria. Ela partia, e eu ficava com a sensação de que não sabia que eu a amava. O quanto era tudo para mim.

Eu sabia que lhe dava tudo de mim. Esforçava-me para ser melhor do que realmente era, mas não era suficiente. Aquela menina merecia muito mais. Merecia ter alguém que demonstrasse que a amava, porque ela era maravilhosa.

A melhor filha que um homem poderia querer.

Todas as manhãs, depois de sonhos como aquele, eu jurava que seria melhor, que iria me esforçar e tentar. E fazia isso. A cada dia sentia que dava mais passos na direção do pai que queria ser, mas ainda me sentia muito distante desse objetivo.

Fiquei ainda um pouco na cama, na escuridão, porque ainda não tinha amanhecido. Levei uma das mãos à cabeça, praticamente secando-a e tentando me recuperar. Meu coração estava acelerado, e minha respiração, ofegante. Aquela garota... Fui dormir pensando em sua presença na minha casa e no que poderia representar. Se fosse perigosa... Se eu tivesse levado um demônio com cara de anjo para a minha casa, o quanto isso poderia me custar.

Anjo... Ela realmente parecia um. A inocência em seu olhar chegou a me assustar. A dor também. Se fosse fingimento, a menina merecia um Oscar. E eu não costumava me enganar tão facilmente. Bem, não importava! Eu só não poderia continuar deitado naquela cama, com tantos pensamentos a me atormentar. Mesmo que não fossem nem seis da manhã, decidi me levantar e partir para a sala de musculação da casa, para descontar minhas frustrações com alguns socos no saco de areia.

Eu gostava de lutar. Era realmente a minha válvula de escape, uma das maneiras que escolhi para manter meu corpo em forma. Gostava de sentir quando meus punhos entravam em contato com a superfície não tão macia do saco; gostava dos movimentos que a luta pedia. Era assim que eu me aquecia, e depois passava alguns minutos puxando ferro. Quando terminei, olhei pela janela e vi que a manhã já estava clara. Não era a pior maneira de começar um dia.

𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐑𝐎𝐓𝐄𝐂𝐓𝐎𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora