Foi no estacionamento da academia onde eu malhava todos os dias, depois de sair da empresa da qual eu era o CEO, que eu a encontrei. Ela e o bebê. Muito linda e jovem, Lília parecia disposta a tudo para proteger aquela criança, e isso me comoveu. Qu...
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📌 Florida, EUA
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Claro que qualquer assunto que tivesse a ver com a minha filha me interessava. Claro que eu estava tenso, pensando em qual motivo Lília teria para me procurar, àquela hora da noite, para conversar sobre Sara. Em um primeiro momento, eu logo associei que só poderia ser algo grave. Isso até ver a forma como ela estava olhando para mim.
Quando eu a beijei, deixei todas as escolhas em suas mãos. Se não quisesse mais que eu sequer a tocasse, seria uma decisão que eu acataria, tanto que me afastei. Não pretendia ficar muito tempo longe, porque isso acarretaria em me distanciar um pouco de Sara também, mas seria só por alguns dias, para que eu pudesse colocar minha cabeça no lugar. Eu não esperava que as coisas chegassem tão longe. Não esperava que beijar Lília fosse despertar tantos outros desejos em mim. Eu não tinha o direito de querer mais do que ela me deu.
Não podia supor que uma menina virgem, que se guardara por tanto tempo, iria entregar seu corpo a mim. Provavelmente alguém como ela iria desejar um homem mais romântico, uma espécie de príncipe encantado que eu, definitivamente, não era. Por mais que fosse me esforçar ao máximo para não machucá-la, levando em consideração o tesão desesperado que estava sentindo, não seria capaz de ser completamente delicado ou romântico. Não era da minha natureza.
Além disso... ela merecia mais. Merecia alguém que pudesse se doar por inteiro. Eu era um homem pela metade. Só que lá estava ela. Dentro do meu quarto. Tão perto da minha cama que minha vontade de pegá-la no colo e carregá-la até lá era quase dolorosa. Mas apenas continuei à sua frente, cruzando os braços contra o peito e erguendo a cabeça em uma postura altiva, só para esperar o que ela teria a dizer.
— Sara está sentindo a sua falta — falou muito séria, prendendo seus olhos aos meus. Só que, assim como eu, parecia também ter muita dificuldade para manter isso. A impressão que eu tinha era que nós dois estávamos loucos um pelo outro, só não queríamos admitir. A tensão sexual que nos rondava era quase palpável. Ela nem precisava explicar o motivo de sua afirmação, mas prosseguiu:
