thirteen

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LÍLIA GRAY

📌 Florida, EUA

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📌 Florida, EUA

Era a garotinha mais linda que eu já tinha visto na vida

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Era a garotinha mais linda que eu já tinha visto na vida. Parecia um pequeno raio de sol que iluminava o cômodo inteiro ao redor. Sua semelhança com o pai era bastante acentuada, embora houvesse diferenças visíveis entre eles. Não apenas o fato de que, um ao lado do outro, eu tinha a impressão de que mais pareciam um contraste entre luz e escuridão; sendo ela tão angelical, e ele, sisudo, sério e muito austero. 

Ainda havia o fato, obviamente, de ela ser miudinha, como a menininha de cinco anos que era, mas Samuel era um homem enorme, intimidador, o que fazia a criança parecer ainda menor, estando um sentado ao lado do outro.  No mais, os dois eram cópias, em versão masculina e feminina. 

— Oi, Lília! — a garotinha me cumprimentou com um sorriso enorme que me fez sentir bem-vinda imediatamente.  Na noite anterior, quando vinnie me falou que minha função ali dentro seria servir de babá para sua filha, mil coisas passaram pela minha cabeça. Uma delas, sem dúvidas, era o medo de não ser capaz, de não ser suficiente. Minha única experiência na função fora com um bebê, de quem eu só precisava trocar fraldas, olhar e alimentar. Claro que eu brincava com Thomas, mas era algo completamente diferente.

Uma menininha de cinco anos demandaria muitas outras expectativas que eu não sabia se teria capacidade de atender.  E o outro medo que me tomou foi o de encontrar uma criança que refletisse o humor do pai. Alguém que sequer me daria a oportunidade de conquistá-la, que apenas me veria como uma funcionária qualquer.  Ok, eu seria uma funcionária qualquer, mas amava crianças. Queria me tornar importante para aquela menininha e ser mais do que apenas uma babá. Esperava que fôssemos amigas, que ela me contasse seus segredos, que eu pudesse me tornar um porto seguro além de seu pai, que não parecia ser o mais carinhoso de todos.  O sorriso que a menina me transmitiu acalentou meus receios. Ela se abriria para mim, e eu faria de tudo para que me recebesse em seu coração. 

— Lília, esta é Sara, minha filha — a voz profunda e grossa de vincent contrastou com a meiguinha de sua menina, soando em meio ao silêncio que ficou por alguns segundos como um trovão.  Por algum motivo a presença dele ainda me perturbava. Não era mais medo, até porque eu não poderia temer alguém que me salvou duas vezes, em situações distintas. Só que ele me intimidava não apenas por seu tamanho, mas por algo mais que eu ainda não conseguia definir.  Além disso, ele era bonito.  Não, ele era mais do que bonito. O homem era um deus grego em sua melhor forma, mesmo com suas expressões carrancudas e a ausência de sorrisos.

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