- Minha? Você já esqueceu o quanto ele bateu em você? Que ele nos deixou na miséria?Sinu desviou o olhar, e nada falou.
- É pra ele que está dando o dinheiro, não é? Ele está lhe forçando a algo?
Eu tentei me aproximar, toquei no braço da mulher que parecia estar chorando. Sim, ela estava chorando, e mesmo com toda aquelas ofensas jogadas sobre mim, eu sentia dó. Eu não queria ver ela sofrer, pois eu a amava.
- Não toque em mim! Ele não está me forçando a nada. Alfredo está me ajudando.
- Está falando sério? Você acredita mesmo nisso, mãe? Ele é um maluco, viciado em jogo! Você sabe disso!
- E você é uma vadia! Não pode julgar ele.
Fechei os olhos tentando me manter forte o suficiente para continuar ali. Você consegue imaginar o que é ouvir essas coisas da sua própria mãe? É doloroso, as palavras vão lhe corroendo gradativamente até você não aguentar mais.
- Chega! Chega!
Eu gritei em sua frente
- Eu não vou permitir que fale assim comigo! Não vou permitir que dê o meu dinheiro para aquela homem! Se você quer morar na rua, vá! Mas vá sozinha , Maria Eduarda Thronicke fica comigo, nem que eu entre na justiça para pegar a guarda dela de vocês. E pode ter absoluta certeza que eu ganharei! Porque nenhum juiz vai deixar ela com uma família desequilibrada como essa! Eu estou farta de suas ofensas, eu já não me importo. Se quer pensar que eu sou um puta, pense. Eu sei exatamente o que sou, Sinu! Agora preste muita atenção...
Eu me aproximei mais, olhando em seus olhos com toda a raiva e mágoa que sentia.
- Eu posso muito bem pagar tudo que está atrasado aqui, mas não vou sustentar essa ideia de que ele a ajuda. Porque quem mais te ajuda aqui sou eu.
Ela não falo se quer uma palavra, ficou calada né olhando como quem tivesse assustada com minha reação.
- Eu virei aqui todo mês ver minha irmã e pagar a parcela da casa. E você não pode e nem vai me impedir disso. Cansei de ser maltratada quando eu só queria lhe dar a mão. Eu já não sou a menina boba no qual você pode falar o que quiser.
- Quem você pensa que é garota?
- Sou alguém muito melhor do que você está sendo agora.
Ali era um ponto crucial de todos esses anos. Eu jamais em toda minha vida falaria assim com ela, eu não era daquele jeito, mas a situação me obrigava a ser assim.
"Sinu? Onde está você?"
Aquilo só pode ser obra do destino. O homem que eu realmente não queria ver, havia entrado naquela sala. E ao me ver, seu corpo parou rapidamente. O clima ali pesou feito uma tonelada. Fazendo mil flash de memórias aparecerem para mim. Todos os momentos de agonia, suas bebedeiras, e seus palavrões, sua violência de faziam presentes em memórias que eu já pensava ter esquecido.
- Agora o circo está completo não é? Que bela família.
Falei com desdém
- Não tem vergonha de aparecer aqui?
- Vergonha do que? Você que deveria ter não é? Soube aua a prostituta aqui é você.
Olhei para Sinu que permanecia calada.
- Você não sabe de nada, você é só um verme asqueroso que habita nessa terra. Um maldito viciado em jogatina suja, eu tenho nojo de ser sua filha. E sua também!
Gritei para os dois
- vá embora daqui!
Sinu gritou
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The stripper- Simone e Soraya
Fanfictionmais uma fanfic de Simone e Soraya, porém com um contexto diferente, é uma adaptação de uma fanfic camren