Entre tapas e beijos parte final

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Soraya

Maldita hora que Simone havia me visto.
Eu sabia, no momento que vi o sedan preto
do outro lado da rua, eu pude ter a certeza
que era ela. Agora tudo se encaixava, o mau
humor não era o matinal. Simone estava com ciúmes.

Por algum motivo aquilo me agradou,
mas sua falta de confiança em mim era de
magoar. Eu sabia que não era totalmente
sincera com Simone, devido a mil motivos
que a mesma não poderia sequer sonhar.
Mas traí-la? Jamais! Minha relação com Janja se tornou de puro carinho, a mesma jamais trairia a amiga por qualquer mulher nesse mundo.

E não achava nada justo a forma rude como
havia sido tratada.

Aquela manhã não trocamos uma palavra
depois do ocorrido. Para piorar a situação,
vi sua ex-noiva grudada em suas costas feito
uma cobra venenosa. Maldita! Provavelmente enchia a cabeça da idiota contra mim. Juro, que toda raiva que eu ainda não tinha sentido pela situação com Janja, veio a tona quando as vi juntas. Carla massageava os ombros de Simone como se ainda fossem próximas.

Eu só sentia... Nojo!

Era incrível, quando tudo parecia estar bom,
o destino cuidava de estragar. Mais incrível ainda era a falta de sorte que eu carregava
sobre as costas.

Saí da sala de Simone sem sequer esperar sua resposta. A mesma ainda tinha a ousadia de me engolir com os olhos. Filha da puta!

Desci no elevador até o estacionamento por
onde sairia. Damares e Felipe saíram mais cedo, como sempre, eu era uma das últimas a sair.

Atravessei a enorme extensão de área do
estacionamento, sentindo aquela brisa fria
arrepiar todos os pelinhos do meu corpo,
quando senti alguém me puxar pelo braço

.
- Deus!

Falei em susto.

- Fica quieta e venha comigo.

Simone falou de forma rude, segurando em meu braço com força.

- Eu não vou com você a lugar algum, me
solte!

Tentei me afastar.

- Você vai sim,srta. Thronicke!

Simone falou não me deixando ir.

- Quem você pensa que é para fazer isso
comigo?

Resmunguei enquanto a mesma praticamente me arrastava na direção de seu carro.

- Eu devia lhe processar, sabia?

Simone não falava absolutamente nada,
apenas me conduzia até o carro.

- Me solta, você está me machucando!

Falei tentando tirar suas mãos dos meus braços.

Tentativa falha.

Entra no carro!

Simone ordenou abrindo a porta.

- Eu não quero.

Bati o pé.

- Você não tem querer, eu estou lhe dando
uma ordem. Entra agora, Thronicke.

Seus olhos eram ferozes.

Bufei entrando no sedan preto. A mulher
fechou a porta rapidamente e caminhou para o seu lado do carro entrando no mesmo.

-0 que quer comigo?

Perguntei seca.

Simone me olhou, e depois voltou a atenção ao carro. Saímos do estacionamento para algum lugar que eu não fazia ideia. As ruas em Brasília pareciam desertas e escuras. Deus, o que estava acontecendo?

The stripper- Simone e Soraya Onde histórias criam vida. Descubra agora