The stripper- Simone e Soraya

Preciso de respostas

Soraya

Graças a Deus a reunião teve fim, e todos
ficamos vivos. Nunca pensei que um simples
acordo fosse tão difícil para ser fechado.

Simone e Mailza eram como duas energias
radioativas que juntas causavam um estrago.

Eu estava caminhando sobre um fio, e teria
que ter muito cuidado para não cair.

- Eu não suporto essa Mailza, que distancia
dela.

Simone falou irritada, enquanto enchia seu copo com uisque.

- Tá bom, agora se acalme. Ela já até foi
embora. E levou Lula junto.

- Mesmo assim! Ainda estou entalada com
tudo que ela fala, o ar debochado. Meu Deus.

Eu fiquei calada, apenas observando aquela
situação.

- Esqueça ela amor!

- Difícil, ela é uma pedra no meu sapato.

Simone  falou irritada, e depois me olhou.

- Janja, se importa de me deixar um pouquinho a sós com Soraya?

- Não, claro que não. Eu preciso realmente de ar. A volta de Lula mexeu comigo.

- Eu imagino, vamos conversar muito sobre
isso depois.

- Vamos mesmo. Até depois meninas.

Janja  falou saindo da sala.

Eu estava perto da vidraça, olhando para o
movimento de pessoas lá embaixo. Algo que
me tirasse da confusão no qual minha cabeça estava. Até que senti as mãos de Simone  em minha cintura, apertando devagar. Eu suspirei pesado, sentindo meu corpo tenso.

- Está tudo bem, meu amor?

Simone  sussurrou em meu ouvido.

Eu abaixei a cabeça, soltando uma forte
lufada de ar.

- Sim, eu só fico um pouco temerosa com
essas coisas.

- Que coisas?

Simone perguntou calmamente, depositando um beijo em meu ombro.

- Com essas suas reações. Você fica alterada
demais Simone.

- Tem medo?

Ela perguntou se afastando.

Eu me virei em sua direção, vendo ela se
deslocar até sua mesa, na qual se encostou.

- Não é medo, é só receio.

- Não tem porque ter receio Meu Amor.
Estamos bem, não estamos?

Eu assenti.

- Vem aqui.

Pediu com um sorriso fraco.

Eu devagar me aproximei dela, sentindo seu
braço me envolver.

- O acordo com a Mailza está fechado, não
vou ficar tratando diretamente com ela. Fica
tranquila, não será hoje que vou mata-la.

Simone falou rindo.

- Não tem graça.

Ela comprimiu os lábios, forçando para
controlar o riso.

- Você acha que sou alguma psicopata, Sory?

- Meu Deus Simone! Claro que não.

Falei tentando me afastar, mas a mulher me puxou com força, fazendo minhas costas colidir contra seu corpo. Eu fechei os olhos quando senti os lábios quentes e macios de Simone em minha nuca.