30. Reencontro com o mal

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Eu estava paralisado, mas minha cabeça não parava, eu não posso ter gerado uma vida com ela, não eu não posso, não posso trair Agnes desta forma.
Sabrina percebe minha presença e corre para dentro da casa da tia Stephanie correndo, como se tivesse visto uma assombração.
Rubbi – Não é sua.
Ethan – O que? – Eu ainda estava viajando em meus pensamentos, se recusando acreditar no que via, e tive que perguntar, pois realmente não entendi o que ela me diz. Pois a menina tem o tamanho perfeito para o tempo que fiquei longe.
Rubbi – Ela não é sua, é da tia Stephanie e Edward, e sim ela tem 9 anos, quando você saiu tia Sté estava grávida e não sabia.
Ethan – Ela se parece com Agnes
Rubbi – Esse é o nome da menina, em homenagem a sua Agnes.

Eu me sentia aliviado, graças a Deus não gerei um filho naquele fático dia.
Rubbi – Não ela não teve filho nenhum com você, se é isso que ia me perguntar.
Ethan – Obrigada.
Rubbi – E não, ela não se casou com ninguém e nem se relacionou com mais ninguém.
Ethan – Por mim tanto faz, como nunca fez... se ela quisesse dar mais que chuchu na cerca o problema é dela, a vida é dela, eu não estou nem aí, desde que me deixe longe dela e de suas magias.
Rubbi – Ela ainda te ama.
Ethan – Sinto dó dela, pois é muito difícil amar uma pessoa que não está ao seu lado, mas não posso fazer nada e nem se pudesse, jamais ficaria com a irmã de Agnes.
Rubbi – Já fazem anos, o amor não diminuiu?
Ethan – Não, só aumentou.
Rubbi – Sentiu a presença dela de novo?
Ethan – Somente naquela roseira.
Connor – Estão reunindo os prisioneiros, mas ela não está no meio.
Ethan - Como assim ela não está?
Connor – Não está, será que fugiu?
Ethan – Quero ir ver.
Eu e Connor fomos até a aldeia, como se fossemos apreciar aquela atrocidade, e me doía o coração ver crianças sendo julgadas, sendo que na verdade elas nem sabem porque estão ali. Um guarda veio em nossa direção.
Guarda – Veio apreciar? Não são da aldeia não é mesmo?
Ethan – Não, não somos, e sim viemos apreciar uma senhora chamada Jussara, me disseram que ela seria julgada hoje.
Guarda – A fujona, estamos procurando-a, mas ela sumiu como pó ao vento.
Ethan – Que pena, vou indo então.
Guarda – Fique e veja o julgamento, é ridículo ver esses miseráveis implorando clemencia, como se Deus os amassem. O que a velha fez para você, ou vocês - ele diz olhando pela primeira vez para Connor.
Ethan – Ela tirou o amor da minha vida.
Connor – Ela simplesmente retirou a vida de uma pessoa maravilhosa de pura amor e luz, a bela Agnes não faria mal a uma mosca.
Guarda – Amor platônico dos dois a pura Agn... – Connor nem deixou que ele terminasse.
Connor – Não senhor, nem pensei isso, ela era minha cunhada, amor do meu irmão – ele diz olhando para mim.
Guarda – Ah sim. E porque ela faria isso?
Ethan – Porque é uma pessoa má, sem coração, covarde, sem escrúpulo.
Guarda – Ok, já entendi, se eu a encontrar peço para que avisem sua aldeia, é a vizinha correto?
Ethan – Sim é a vizinha. Obrigada, mas já estamos indo.
Voltamos para a aldeia, mas sentimos nossas costas queimar com o olhar do guarda, não entendi os questionamentos, mas na verdade pouco me importava, o que é um grão de arei nessa imensidão.
Connor – Vamos procurar a velha louca?
Ethan – Com toda certeza, mas não podemos ir de dia, os guardas estão procurando também. Mudando de assunto, se casou também?
Connor – Não, eu sou do mundo meu irmão – ele me responde com um sorriso de safado que ele tem.
Ethan – Mamãe ainda não deu de casamenteira?
Connor – Com certeza deu, mas ela sabe que não vai conseguir – nós chegamos na vila sorrindo e fomos direto para casa da Rubbi.
Montamos um plano de busca para encontrar a avó de Agnes, decidimos ir no entardecer, apenas eu, Connor, Rubbi e papai, o Jacob ficou bravo, mas a Rubbi disse que não ia mais me perder de vista.
Iniciamos as buscar e eu a encontrei, fraca e machucada.
Jussara – Fiquei sabendo que gosta das duas irmãs, pelo menos provou o sabor das duas.
Ethan – Eu apenas amo Agnes, sempre foi e sempre será Agnes.
Jussara – Isso se conseguir encontrá-la – ela diz rindo, como se tivesse contado o conto mais engraçado. Eu a pego pelo pescoço e a levanto no ar, com tamanho ódio que estou.
Ethan – On.de e.la es.ta? – falei bem pausadamente para ver se a velha entendia.
Rubbi – Solte-a, se matá-la não saberá onde está Agnes. – Eu a solto, ela começa a tossir, e depois me da um sorriso de vitória, ficamos sem entender o porque de tal sorriso, então ela falou.
Jussara – A menina Agnes é realmente poderosa, ela não ligou apenas seus corações, mas sim a alma, os tornando um só, saiba que tudo o que sentir a menina Agnes sentira, não com tamanha intensidade, mas como se fosse uma agulhada, uma dorzinha incomoda, a mente de vocês não estão ligadas, mas o corpo sim, e pelo ritual de sangue, você se tornou dela e ela de você, chega ser patético, mas para mim um triunfo, você tem o sangue dela, sendo assim consegui retirar um pouco do seu poder, ou melhor do poder dela que dança em seu corpo de lobo, me dando força suficiente – ela diz sorrindo – obrigada garoto, eu mando lembranças – e a mesma some de minha vista novamente.
Ethan – Filha de uma mãe.

*Jussara*

Jussara – Oi menina, acabei de ver o seu amado – digo assim que entro na caverna, e me assusto com os olhos de Agnes abertos. – Você é mais forte do que imaginei, mas não se preocupe, não vou deixar que acabe com o mundo, eu criei um grupo de bruxos protetores, onde sabem sua localização, e cuidara de seu sono quando eu não estiver mais neste mundo. - Ela tem no olhar uma mistura de sentimentos, dor, raiva, saudades...

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