Capítulo-1

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Aviso: Helaena e Aegon não tem filhos nessa fic.

_ Às vezes, o maior sacrifício é feito em nome daqueles que amamos _

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_ Às vezes, o maior sacrifício é feito em nome daqueles que amamos _

Aemond encontrava-se nos jardins, em companhia de seu irmão Aegon. O falecimento recente do rei havia deixado um vácuo de poder, enquanto sua mãe e avô conspiravam contra o trono e a casa Targaryen. Era evidente que Aegon não aspirava ao trono; ele próprio reconhecia que seu irmão seria a pessoa menos capacitada para liderar uma nação.

Aegon solicitou uma conversa particular, instruindo que todos os guardas se retirassem. Seu irmão mais velho apresentava um estado deplorável, com olheiras profundas e uma palidez incomum, sugerindo uma grave enfermidade.

Embora não tivessem sido muito próximos de seus parentes, quando se tratava de seus dois irmãos mais velhos, Aemond estava pronto para enfrentar o mundo por eles. Desprovidos de pais, tendo apenas um rei e uma rainha, eles encontravam um no outro o apoio necessário. Essa união os sustentara até aquele momento e continuaria a sustentá-los nos anos vindouros.

— Irmão… — Aegon parecia à beira do colapso, e Aemond não podia suportar vê-lo naquele estado.

— Você veio. Precisamos discutir sobre os recentes acontecimentos — disse ele com seriedade —Não podemos permitir que isso prossiga. Eu não desejo ascender ao trono; ele não me pertence. Helaena teve um presságio sobre a queda da dinastia Targaryen, e tudo começava comigo ocupando aquele maldito Trono de Ferro.

Aemond conhecia bem o poder dos sonhos de sua irmã e como poderiam se materializar. A prova viva disso era a ausência de um de seus olhos e a presença de uma besta em suas mãos.

"Uma perda para um ganho, Aemond..."

ele jamais esqueceria aquelas palavras
proféticas saindo dos lábios de sua irmã.

— Não há muito que possamos fazer — respondeu o irmão mais novo— Apesar das falhas de caráter da rainha, ela ainda é nossa mãe. Não podemos simplesmente conspirar às suas costas e desfrutar da felicidade diante dela — exclamou, irritado—Nós ainda somos Targaryen, meu irmão. Aquele trono ainda nos pertence; este é o nosso lar, e essas pessoas— disse, gesticulando com as mãos —ainda são nossos súditos.

Aegon estava tornando-se progressivamente mais pálido, enquanto suas mãos começavam a tremer. Mesmo que de forma inútil, ele as pressionava contra o próprio corpo, numa tentativa falha de acalmá-las. Aemond, ao perceber a condição do irmão, aproximou-se dele e o abraçou desajeitadamente, replicando o gesto que costumava acalmar sua irmã em momentos de crise. No entanto, era a primeira vez que ele recorria a tal medida para confortar Aegon.

— Ela não é minha mãe — o mais baixo murmurou com a voz trêmula e vacilante. — Nem ele foi meu pai. Nunca foram figuras desse tipo para mim — continuou, com o rosto enterrado no pescoço do irmão mais novo. — Aemond, somos meros peões a serem negociados para quem oferecer a melhor oferta. Estou exausto desse fardo, dessas pessoas exigindo algo de mim, quando elas mesmas têm pouco a oferecer.

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