Aviso: Helaena e Aegon não tem filhos nessa fic.
_ Às vezes, o maior sacrifício é feito em nome daqueles que amamos _
Aemond encontrava-se nos jardins, em companhia de seu irmão Aegon. O falecimento recente do rei havia deixado um vácuo de poder, enquanto sua mãe e avô conspiravam contra o trono e a casa Targaryen. Era evidente que Aegon não aspirava ao trono; ele próprio reconhecia que seu irmão seria a pessoa menos capacitada para liderar uma nação.
Aegon solicitou uma conversa particular, instruindo que todos os guardas se retirassem. Seu irmão mais velho apresentava um estado deplorável, com olheiras profundas e uma palidez incomum, sugerindo uma grave enfermidade.
Embora não tivessem sido muito próximos de seus parentes, quando se tratava de seus dois irmãos mais velhos, Aemond estava pronto para enfrentar o mundo por eles. Desprovidos de pais, tendo apenas um rei e uma rainha, eles encontravam um no outro o apoio necessário. Essa união os sustentara até aquele momento e continuaria a sustentá-los nos anos vindouros.
— Irmão… — Aegon parecia à beira do colapso, e Aemond não podia suportar vê-lo naquele estado.
— Você veio. Precisamos discutir sobre os recentes acontecimentos — disse ele com seriedade —Não podemos permitir que isso prossiga. Eu não desejo ascender ao trono; ele não me pertence. Helaena teve um presságio sobre a queda da dinastia Targaryen, e tudo começava comigo ocupando aquele maldito Trono de Ferro.
Aemond conhecia bem o poder dos sonhos de sua irmã e como poderiam se materializar. A prova viva disso era a ausência de um de seus olhos e a presença de uma besta em suas mãos.
"Uma perda para um ganho, Aemond..."
ele jamais esqueceria aquelas palavras
proféticas saindo dos lábios de sua irmã.— Não há muito que possamos fazer — respondeu o irmão mais novo— Apesar das falhas de caráter da rainha, ela ainda é nossa mãe. Não podemos simplesmente conspirar às suas costas e desfrutar da felicidade diante dela — exclamou, irritado—Nós ainda somos Targaryen, meu irmão. Aquele trono ainda nos pertence; este é o nosso lar, e essas pessoas— disse, gesticulando com as mãos —ainda são nossos súditos.
Aegon estava tornando-se progressivamente mais pálido, enquanto suas mãos começavam a tremer. Mesmo que de forma inútil, ele as pressionava contra o próprio corpo, numa tentativa falha de acalmá-las. Aemond, ao perceber a condição do irmão, aproximou-se dele e o abraçou desajeitadamente, replicando o gesto que costumava acalmar sua irmã em momentos de crise. No entanto, era a primeira vez que ele recorria a tal medida para confortar Aegon.
— Ela não é minha mãe — o mais baixo murmurou com a voz trêmula e vacilante. — Nem ele foi meu pai. Nunca foram figuras desse tipo para mim — continuou, com o rosto enterrado no pescoço do irmão mais novo. — Aemond, somos meros peões a serem negociados para quem oferecer a melhor oferta. Estou exausto desse fardo, dessas pessoas exigindo algo de mim, quando elas mesmas têm pouco a oferecer.
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My boy
FanfictionDepois da morte do rei Viserys Targaryen, Aemond é obrigado a se casar com Lucerys Velaryon para garantir a segurança de seus dois irmãos mais velhos. "Coisas que fazemos por amor"