Depois da morte do rei Viserys Targaryen, Aemond é obrigado a se casar com Lucerys Velaryon para garantir a segurança de seus dois irmãos mais velhos.
"Coisas que fazemos por amor"
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
__A noite havia caído, mas a sombra que encobria o baile revelou verdades ocultas e corações partidos__
A noite havia caído e com ela cessara a euforia do baile de máscaras. O salão estava repleto; pessoas moviam-se de um lado para o outro enquanto lady e lordes conversavam e sorriam incessantemente. Tudo transcorria conforme o planejado para a felicidade da rainha Rhaenyra.
Lucerys já havia recepcionado todos os convidados e agora aguardava a chegada de seu marido, que ainda não dera as caras. O jovem Velaryon trajava uma calça de couro preto, reluzente à luz das velas, e uma túnica nas cores azul e preto, adornada com detalhes em dourado. Ao pescoço, exibia uma gargantilha prateada com o brasão de sua casa, e nas orelhas, dois pares de brincos redondos bastante vistosos. Seus cabelos estavam elegantemente definidos em pequenos cachos angelicais, alguns fios presos por uma presilha presenteada por seu tio Aegon.
Lucerys era, de fato, a mais bela figura daquele baile; nem mesmo os lordes e lady conseguiam disfarçar seus olhares de luxúria para com o rapaz. O moreno utilizava uma espécie de tintura preta nos olhos, realçando ainda mais o amarelo de suas íris; seus lábios brilhavam num tom de rosa que conferia um aspecto saudável à sua aparência.
Então, a porta do salão se abriu, e um silêncio solene tomou conta quando anunciaram a chegada do príncipe Aemond Targaryen Velaryon. Todos presentes se maravilharam com a beleza do irmão mais novo da rainha. Até mesmo Lucerys não conseguiu conter o sorriso que se formou em seus lábios ao avistar seu marido adentrar o salão.
Aemond trajava seu habitual traje negro, adornado com correntes douradas que enfeitavam seu pescoço. Seus característicos cabelos longos agora estavam cortados na nuca. Em seus dedos reluziam sua aliança e um anel ornado com uma safira, da mesma cor de seu olho, enquanto a espada ao lado do tapa-olho conferia-lhe um charme singular.
Caminhando com elegância em direção ao marido, que exibia um sorriso encantador, Aemond sentiu-se satisfeito ao notar tal expressão no rosto de Lucerys. Passando por ele, Aemond curvou-se e beijou-lhe a mão antes de dirigir-se à rainha para cumprimentá-la conforme a etiqueta real.
—Pelos deuses, Aemond Targaryen — o moreno disse quando finalmente estavam juntos — por acaso você resolveu competir em beleza com as damas? Sinto muito em dizer, mas elas não chegam aos seus pés — Lucerys gostou de ver o marido envergonhado com o elogio.
—Não diga coisas tão constrangedoras, sobrinho — o albino falou, tentando recuperar a postura — mas vejo que quem está tentando competir com alguém aqui é você — falou, admirando o moreno — Aqueles lordes não tiram os olhos de você, parecem até abutres carniceiros — O albino nem fez questão de esconder seu descontentamento.
—Não seja ciumento desse jeito — o moreno sorriu, levando uma taça de vinho aos lábios — Já basta o Aegon — disse, e o mais velho o olhou curioso — Ele já ameaçou umas sete pessoas por conta da princesa Helaena — sorriu — O Daemon teve que contê-lo antes que iniciasse um massacre.
