Capítulo-2

4.9K 454 215
                                    

__Entre segredos marítimos e laços familiares, corações buscam redenção__

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

__Entre segredos marítimos e laços familiares, corações buscam redenção__

Fazia exatamente uma semana que Aemond estava hospedado na Pedra do Dragão. Seus dias ali têm sido extremamente reflexivos sobre como tratava seus sobrinhos antes. A família de sua meia-irmã parecia ser muito feliz, sempre sorrindo por algo ou engajada em atividades conjuntas; as refeições são sempre repletas de diversos pratos e conversas sobre os acontecimentos do dia deles.

Diferentemente dos jantares em sua própria família, que eram sempre permeados por comentários maldosos sobre algum assunto ou questões políticas. Raramente, ele e seus dois irmãos comiam fora do salão de jantar, e somente então desfrutavam de uma refeição saborosa, acompanhada por comentários peculiares de sua irmã sobre alguma trivialidade, ou pelas piadas questionáveis de Aegon, às quais, mesmo assim, Helaena ria. Ele sentia falta dos irmãos e, mesmo não sendo uma pessoa particularmente religiosa, ele fazia suas preces todas as noites aos deuses, pedindo pela saúde e segurança deles.

Faltavam apenas dois dias para o seu casamento. Pensar nisso soava estranho para ele, pois durante toda a sua vida, nunca havia imaginado-se casando com alguém. Às vezes, ousava ponderar sobre como seria ter Helaena como esposa, mas logo repreendia tais pensamentos e os desviava para outros assuntos.

Agora ele estava em seu quarto organizando suas armas de combate. Aemond era um guerreiro e sua postura fazia jus à sua fama, sempre sério e raramente trocava palavras com alguém. Aemond preferia ficar sozinho ou na companhia de seus irmãos; nunca teve amigos ou amantes. Visitava ocasionalmente a casa dos prazeres para aliviar o estresse do dia a dia, mas nunca se envolvia com alguém de forma permanente, muitas vezes solicitando que não lhe fossem designados os mesmos serviços.

De repente, ele ouve duas leves batidas na porta. O albino se aproxima e a abre, encontrando seu sobrinho Lucerys do outro lado, vestido com uma roupa vermelha e verde. O moreno exibia cabelos bem arrumados, com alguns cachos caindo sobre seu rosto rosado, exalando um suave aroma de lavanda e um sorriso gentil nos lábios. Aemond aprendera a nunca confiar naquele sorriso de Lucerys; aquele rapaz podia se revelar um demônio frio e cruel quando desejava, e o próprio Aemond tivera o desprazer de presenciar isso com seus próprios olhos.

— Tio, como vai? Está ocupado? — o moreno nem precisou de um convite para entrar.

Aemond suspirou pesadamente com a presença do sobrinho. Sempre que estavam próximos, o albino sentia que a qualquer momento poderia ser devorado por Lucerys Velaryon.

— Não, não estou. Existe algum problema? — perguntou. Uma característica que Aemond havia observado em Lucerys era a tonalidade dourada de seus olhos, semelhante ao ouro. Desde que se lembrava, o rapaz nunca exibira tal coloração nos olhos.

My boy Onde histórias criam vida. Descubra agora