Capítulo- 9

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__Às vezes, a imaginação não passa de memória invertida__ Edgar Allan Poe

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__Às vezes, a imaginação não passa de memória invertida__ Edgar Allan Poe

Uma semana se passara desde que os dois príncipes começaram a compartilhar o mesmo leito novamente. Lucerys encontrava-se ocupado organizando documentos referentes ao baile que ocorreria naquela noite. A maioria dos convidados já havia chegado, alguns até antes do esperado. O castelo encontrava-se inteiramente adornado para a ocasião, mérito da princesa Helaena e do príncipe Aegon, que dedicaram-se arduamente para garantir que tudo transcorresse perfeitamente dentro das normas protocolares.

Aemond era o único que não demonstrava entusiasmo em relação à festividade; ele preferia permanecer em seus aposentos desfrutando da companhia de seu marido. O albino não conseguia precisar exatamente quando isso começara, mas ele e Lucerys desenvolveram um vínculo que transcendia sua imaginação. Embora isso por vezes o deixasse apreensivo, Aemond apreciava as diferentes sensações que o moreno lhe proporcionava.

Por sua vez, Lucerys encontrava-se profundamente enamorado de seu tio, o que não era segredo para ele. Apesar de passarem a maior parte do tempo entre momentos íntimos e conflitos, eles mantinham uma dinâmica peculiar que o moreno apreciava. Os toques, as palavras e até mesmo a intimidade entre eles eram totalmente singulares; no entanto, quando Lucerys refletia sobre tal situação, ecoavam em sua mente as palavras da velha: "Pelo amor, você matou, e por ele, você morrerá".

Mesmo lutando diariamente contra esse sentimento, ele parece crescer incessantemente. Lucerys está ciente dos sentimentos que seu marido nutre por outra mulher, o que não lhe garante que, em algum momento, esses sentimentos se tornarão recíprocos por parte do albino. Assim, como sua mãe mesmo disse, "É melhor prevenir do que remediar", nutrir sentimentos como esse é praticamente assinar mais uma sentença de morte para si mesmo.

A porta do escritório do moreno foi aberta por seu marido, trazendo consigo uma bandeja com algumas iguarias. Lucerys lançou-lhe um olhar breve antes de voltar a analisar a lista de convidados, garantindo que não houvesse nenhum erro durante as apresentações formais. Aemond sentou-se em silêncio e começou a comer, algo que o moreno já havia observado era a elegância com que seu marido realizava as coisas.

— Como estão os preparativos da segurança para o baile? — perguntou o moreno assim que terminou suas tarefas. — Aliás, já decidiu o que usará esta noite? E não adianta fazer essa cara, querendo ou não, você ainda é um príncipe e deve, pelo menos, manter as aparências — acrescentou Lucerys, tentando conter o riso ao observar a expressão insatisfeita do marido.

— Todos os cavaleiros já estão posicionados em pontos extremamente estratégicos. Qualquer movimento em falso, e basta eu dar a ordem para que nem saibam o que os atingiu — Aemond falou com uma estranha satisfação estampada no rosto, enquanto o moreno não pôde conter uma risada. — Quanto à minha vestimenta, não se preocupe, meu príncipe. Estarei à altura.

— Oh... pensou em mim. Que romântico da sua parte, Aemond Targaryen — Lucerys falou com desdém, tentando dissimular sua satisfação. — Mas por favor, não deixe que a rainha veja essas suas tendências homicidas, ou ela surtaria de vez. Minha mãe já tenta manter o Daemon na linha.

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