Capítulo- 11

3.3K 360 105
                                    

__Não te amo pela tua beleza, que perece, mas sim pela essência que há em ti, que é eterna__ Friedrich Nietzsche

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

__Não te amo pela tua beleza, que perece, mas sim pela essência que há em ti, que é eterna__ Friedrich Nietzsche

Aemond sentia suas forças se esvaírem lentamente, seu corpo exaurido clamava por alguns momentos de repouso. Uma semana havia transcorrido desde o fatídico dia do baile, e desde então o príncipe Lucerys não dera sinais de recobrar a consciência em breve. Aemond permanecia ao seu lado incessantemente, consumido pela culpa, ansiando pelo despertar de seu marido para que pudesse expressar suas desculpas.

Os mestres entravam e saíam constantemente, monitorando minuciosamente as condições do príncipe, porém sem qualquer mudança significativa. Rhaenyra dedicava longas horas do dia ajoelhada junto à cama de seu filho, vertendo lágrimas incessantes e implorando por seu perdão.

O silêncio envolvia todo o palácio, embora Aemond não pudesse precisar a hora exata. Provavelmente, Daemon havia encontrado uma maneira de fazer a rainha descansar, pois assim como ele, ela também negligenciava o sono e a alimentação adequada.

Aemond sentiu o remorso invadir sua alma; odiava-se por ter agido como um pirralho mimado, deixando suas emoções banais sobrepujarem a razão. Contemplar seu marido, outrora tão vibrante, dançando daquela maneira com outra pessoa que não ele, perturbava seus pensamentos sãos, desencadeando a loucura do ciúme que tomava conta de seus sentidos.

O albino estava sentado numa poltrona ao lado da cama de seu marido, que parecia dormir serenamente – pelo menos era o que Aemond gostava de pensar com frequência, embora soubesse que essa tranquilidade não se refletia na realidade, e que tudo era culpa de sua infantilidade desmedida.

Desde o momento em que pedira a mão de Lucerys em casamento, ele compreendera que seu destino não mais lhe pertenceria, assim como seu coração. No entanto, a cegueira de seu ego o levara a agir como um bastardo arrogante para com a pessoa que sempre o tratara bem, que apenas almejava seu afeto.

Aemond percebera, no instante em que enfrentara Lucerys no campo de treinamento, que aquele homem era, sem dúvida, o amor de sua vida. Porém, devido às suas ações impulsivas, ele não tinha ideia de quando seria capaz de expressar ao seu marido o quanto o amava e era devoto a esse sentimento tão nobre e ardente.

—Você precisa despertar, Luke — ele sussurrou suavemente, ainda segurando a mão do moreno — Ainda não dançamos juntos, nem tive a oportunidade de aprender contigo o arco e flecha — Seu peito ardia como o fogo — Você precisa retornar; este lugar está desolador sem sua presença. Até mesmo Aegon cessou seus comentários maldosos, e os momentos de refeição no jardim já não têm o mesmo sabor sem você.

A porta do quarto se abriu com um sopro de brisa gélida, revelando uma mulher de longos cabelos negros e olhos vermelhos como rubis. A mulher misteriosa não se apresentou, apenas avançou em passos silenciosos, aproximando-se lentamente do príncipe Lucerys. Aemond preparou-se imediatamente para defender com sua vida o leito de seu marido e enfrentar quem quer que fosse aquela mulher misteriosa. No entanto, suas pernas não respondiam aos seus comandos; seu corpo parecia pesado, e cada tentativa frustrada de levantar-se da poltrona tornava seus membros ainda mais inertes.

My boy Onde histórias criam vida. Descubra agora