Depois da morte do rei Viserys Targaryen, Aemond é obrigado a se casar com Lucerys Velaryon para garantir a segurança de seus dois irmãos mais velhos.
"Coisas que fazemos por amor"
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
__Não chores porque já terminou, sorria porque aconteceu__ Gabriel García Márquez
Aegon despertou sobressaltado, seu corpo envolto em suor e seu coração agravado por uma profunda angústia, enquanto lágrimas escorriam furtivamente por seu rosto. Na penumbra da noite, ele lançou um olhar desorientado ao redor, ainda perturbado pelo recente devaneio onírico.
— Hella… — sussurrou, chamando sua esposa com delicadeza, enquanto buscava recobrar a compostura. Ela despertou gradualmente, surpreendida pela perturbação emocional do marido. Aegon ainda chorava em silêncio, seu corpo tremendo e sua angústia reverberando no ambiente.
— Amor…? — Hellaena interpelou, agora completamente desperta, e alarmou-se com a aflitiva condição de seu consorte. — Aegon, pelo amor dos deuses, o que se passa?
— Hela… eu recordo — o mais velho fixou os olhos na esposa. O príncipe Aegon exibia uma expressão pálida e sombria, e Helaena captou imediatamente a carga emocional em suas palavras. — Agora, as memórias fluem novamente, Hella… — ele desfez-se em lágrimas ainda mais copiosas. — Levaram meu Jace de mim, arrebataram-no de meus braços. Eu não desejava, tentei em vão deter, mas cheguei tarde demais.
— Oh, meu amor — ela envolveu-o num abraço caloroso — Eu sinto muito, sinceramente sinto muito — sussurrava ela ao ouvido do albino, enquanto afagava seus cabelos — Não consigo imaginar o quão difícil está sendo para você neste momento.
— Me perdoe, Hela — ele murmurou com dificuldade — Não deveria tê-la acordado para presenciar-me neste estado tão deprimente, especialmente por causa de outra pessoa — Aegon encontrava-se num verdadeiro caos emocional e, embora se sentisse egoísta, reconhecia que sua esposa sempre fora seu maior pilar de apoio emocional.
— Você sabe que o que sinto por você vai além do amor carnal — a mais jovem afirmou — Sou sua irmã, esposa, amiga e companheira. Independentemente da situação, Aegon, estarei sempre ao seu lado. Isso não é uma promessa, é um compromisso que sempre irei cumprir — a princesa declarou, esperando que finalmente seu marido compreendesse isso.
— Casei-me com ele — Aegon sentia-se um verdadeiro desgraçado, uma alma fraca por ter esquecido algo tão crucial, enquanto o moreno sempre recordou tudo e suportou anos de sua indiferença — Nós éramos casados segundo as tradições Valirianas, e mesmo após tudo isso, apesar das vezes em que o tratei como lixo por não lembrar de nada, ele nunca esqueceu, sempre permaneceu firme — sussurrou ele, quase em um lamento.
— Meu príncipe, cada indivíduo tem seu modo único de lidar com traumas. Lembro-me claramente que não foram momentos fáceis para você; doía em mim ver você afundar cada vez mais num abismo de escuridão sem fim — a princesa começou a falar — No dia de nosso casamento, você parecia mais uma casca vazia, como se não estivesse realmente presente. Quando segurei sua mão, senti a cicatriz, e naquele instante tudo fez sentido em minha mente — ela sorriu levemente — Você já pertencia a alguém, e mesmo naquela época, quando não recordava de nada, foi fiel ao seu compromisso, e esse fato jamais abalou-me de forma alguma.
