Depois da morte do rei Viserys Targaryen, Aemond é obrigado a se casar com Lucerys Velaryon para garantir a segurança de seus dois irmãos mais velhos.
"Coisas que fazemos por amor"
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__Em meio às sombras do passado e aos suspiros do presente, os corações se entrelaçam, tecendo uma trama de emoções intensas e destinos entrelaçados__
Todos estavam exultantes com a chegada deste dia tão aguardado: o casamento deles. Lucerys mantinha uma calma aparente, enquanto Aemond, embora não demonstrasse, estava inquieto, cogitando até mesmo subir em Vhagar e voar para bem longe dali. No entanto, algo interior o dissuadia, pois sabia que se o fizesse, Lucerys iria atrás dele sem hesitação.
Reunidos sobre a Pedra do Dragão, os Velaryon marcavam presença na cerimônia. Lucerys estava impecável, com os cabelos recentemente cortados e a face livre de qualquer vestígio de barba. Sua juventude e suavidade haviam retornado, adornados por uma bela túnica vermelho-sangue com detalhes em dourado, criando um contraste único que realçava o brilho dourado de seus olhos.
Por sua vez, Aemond mantinha seu traje característico negro, mas, por insistência de sua meia-irmã, optou por uma túnica preta com adornos em vermelho-sangue, extremamente chamativa. Seus cabelos estavam trançados ao estilo Valiriano, enfeitados com alguns adereços de ouro, enquanto a ausência de pelos faciais, algo incomum para ele, dispensava a necessidade de qualquer preparo adicional.
A cerimônia foi realizada de acordo com as tradições de Valiria, por insistência de Daemon, que desejava que seu filho se casasse seguindo os passos dele e de sua mãe. O sacerdote desempenhou seu trabalho com maestria, provocando algumas lágrimas nos olhos da futura rainha de Westero e de seu marido. Aemond considerou aquilo um exagero, dado que se tratava de um casamento puramente político, sem envolvimento emocional; a menos que o ódio e o rancor fossem considerados sentimentos válidos em um casamento.
Lucerys não desviou os olhos de seu então futuro marido por um segundo sequer durante a celebração. Quando ele estendeu a mão para realizar o ritual do sangue, Aemond percebeu uma certa palidez nos lábios rosados do noivo, mas pensou que talvez fosse apenas sua imaginação.
Quando o sacerdote anunciou que poderiam selar o casamento, Aemond ficou tenso. Apesar de ter visitado várias prostitutas ao longo de sua vida, ele nunca as beijara; portanto, aquele seria seu primeiro beijo. O albino amaldiçoou seu irmão mais velho com uma série de xingamentos mentais ao lembrar que a ideia do casamento havia surgido da mente maquiavélica dele.
Na hora do beijo, quando os lábios cheios e macios de Lucerys encontraram os do albino, ele sentiu como se tivesse descoberto uma galáxia de infinitas sensações. Os lábios do moreno eram quentes e doces, com o sabor de figos recém-colhidos. No entanto, de repente, o platinado sentiu seu noivo desabar sobre seu braços, desacordado. Aemond o agarrou pela cintura, impedindo-o de cair com o rosto sobre as pedras.
— Lucerys — o albino chamou, chacoalhando o mais novo, mas este não dava sinal de retorno.
Rhaenyra tentava acordar o filho de todas as formas, mas o garoto havia desmaiado e aparentemente não pretendia acordar nem tão cedo.