Ana Maria é uma jovem de 20 anos que sofre com transtornos mentais: depressão, ansiedade, compulsão alimentar causados por uma relação de afeto fracassada com uma mãe narcisista que não poupa comentários maldosos consigo principalmente sobre seu co...
Acordo sentindo um peso em meu peito, olho para baixo e vendo a cabeleira ruiva bagunçada de Ana, respiro o cheiro de Banana e mel que seu cabelo exala. Levanto devagar e coloco um travesseiro em meu lugar fazendo Ana aperta-lo contra si, saiu de seu quarto indo direto no escritório de Bruce e o vejo fumando, sento na cadeira a sua frente e ficamos um tempo em silêncio sei que o que Ana disse o abalou profundamente, pai nenhum está preparado pra ouvir o quase estupro de sua filha e saber ainda mais que ela sofreu na mão da mãe ao qual deveria protege-la é pior ainda.
- Oquê iremos fazer em relação ao namorado da sua ex mulher? Pergunto ascendendo um cigarro o olhando sério.- Ana está com medo de ele vim atrás dela! Digo sentindo meu corpo relaxar.
- Por enquanto não iremos fazer nada! Diz soltando fumaça pelo nariz.
- O quê? Pergunto já bravo. - Está esperando oque? ele vim e terminar o que queria? Digo puto.
- Sabe Jason quando você é dono de um grande negócio como o meu você se torna uma pessoa fria e calculista, uma vez eu li uma frase que dizia " Se precipitar muitas vezes é por tudo a perder. Esperar é sempre a solução mesmo que seja muito difícil a situação tenha fé e paciência" nós agiremos cautelosamente vamos acuar as presas numa armadilha onde aniquilaremos sem que eles tenham chance de fugir, o que é pior pra uma pessoa ambiciosa do que perder o que ela mais ama?. Ele me diz me fazendo pensar, uma vez ele disse que a mãe de Ana era muito fluente no Brasil, então ela se livraria fácil das denúncias que faríamos contra ela.
A vingança é um prato que se come frio.
Falo também sobre o ocorrido no mercado e refeitório, ficaremos de olho em qualquer coisa estranha.
Ele fala que Ana ficará responsável junto comigo pelos negócios do MC já que ela é formada em Administração.
Conversamos mais um pouco, e pego meu segundo cigarro o acendendo quando um furacão ruivo entra pela porta, me fazendo a encarar enquanto solto a fumaça.
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- Papai o titã peludo está atrás de mim! Se joga no colo do pai se encolhendo quando Apollo invade a sala com uma bolinha na boca, solto uma risada pois ele queria apenas brincar, apesar de ser enorme Apollo ainda é um filhote e necessita de atenção à toda hora.
Seu pai solta uma gargalhada alta quando ela solta um grito estridente quando Apollo coloca a bolinha em seus pés e late.
-Saia de perto titã peludo! Abana as mãos e nem eu aguento a risada.
Ela me olha mortal e a chamo para dar uma volta pelo MC para deixa- la familiarizada com o local, o tempo todo ela segura meu braço como um escudo . Também quero leva- lá para dar uma volta na cidade e aproveitar para levar os mantimentos alimentícios e produtos de higiene pessoal e limpeza para o orfanato da cidade que ajudamos.
Coloco tudo na carroça da caminhonete e vejo Ana amarrando o cabelo da minha bebê, os gêmeos iram conosco para brincar com seus amiguinhos do orfanato.
Coloco os dois nas cadeirinhas de seguranças e os prendo lá, entrando na parte da frente junto com Ana que coloca uma música infantil no som do carro e abre sua bolsa tirando mamadeiras com algum tipo se vitamina.
- Aqui experimente é vitamina de banana e mamão adoçado com mel e um pouco de canela em pó! Diz levando o copo com canudo em minha boca e merda isso é delicioso.
- Ana seu pai falou que você é formada em Administração certo! E a vejo afirmar enquanto suga o canudo com seus lábios rosados, e merda isso me trás pensamentos promíscuo com ela.- Entao ele me deu a idéia deixá-la gerir o MC comigo o que acha? Pergunto e sinto o canudo em minha boca novamente.
- Por mim tudo bem! Diz simples.
- Tia acabou, queria mais! Ouço Victoria e olho pelo retrovisor interno vendo- a balançando a mamadeira vazia.
Ana pega a mamadeira a guardando novamente na bolsa.
- Quando voltarmos pra casa lhe dou mais tá bom amor! Diz pra minha pequena e amo essa aproximação deles, meus filhos assim como Ana sofreram na mão de mães cruéis que colocaram o dinheiro acima de tudo.
- Jason! Ouço Ana me chamar e a olho rapidamente. - Onde está a mãe deles?diz baixo como se pensasse em algo ruim.
- Foi embora com meu irmão depois de me roubarem! Digo fluidamente, Ana é esse tipo de pessoa que te deixa a vontade para dizer qualquer coisa, mesmo a conhecendo a 4 dias, me sinto como se nos conhecêssemos a anos. - Eu a entendo meu irmão gosta de tudo que o mundo oferece: Viagens, festas e luxos. Ja eu gosto do que vê aqui, uma vida tranquila e sem graça. Por isso ela me trocou rapidamente por ele! Suspiro.
- Ela te trocou por que é uma pessoa escrota assim como minha mãe, uma pessoa que pensa só no próprio umbigo, dinheiro não é tudo Jason claro que precisamos de dinheiro pois com ele podemos ter uma vida confortável, porém ele não deveria ser o centro de nossa vida, pois nos tornamos pessoas egoístas, olha eu por exemplo a vida cheia de misérias, mesmo tendo tanto dinheiro ao meu redor, eu daria tudo para ter a paz e segurança que tenho agora Jason, uma vida tranquila onde posso ser eu mesma sem o medo de ser insultada até em respirar, viver um dia de cada vez, fazer as coisas que gosto, sabia que gosto de pintar? O meu sonho era fazer faculdade de artes, porém a ganância e prepotência de minha mãe foi mais altas, uma mulher que só pensava no dinheiro!. Suspira - Então Jason eu te digo uma frase muito usada no Brasil " Você não perdeu, se livrou" se livrou de uma vida amarga e um relacionamento sem amor fadado ao fracasso onde a base de tudo sempre seria o dinheiro, cedo ou tarde ela acabaria te deixando, tanto faz se seria com seu irmão ou por outro homem, por que esse tipo de pessoa não senti amor por ninguém nem mesmo do seu próprio sangue! Cada palavra foi um tapa na minha cara, tanto tempo me martirizando com a idéia de que eu devia fazer mais para dar tudo o que Elly Jones queria, ter trabalhado mais para ter mais dinheiro, ter dado o luxo, jóias, bolsas ,roupas ,sapatos de grife que ela tanto queria, e no fim nunca seria suficiente para ela.
No fim só seria eu alimentando sua ganância e aceitando migalhas em forma de amor. Olho para meus filhos e meu peito dói em pensar que eles poderia ter o mesmo tipo de vida que Ana na mão de uma mãe incapaz de ama-los.
