Capítulo 8 - Apenas Penso em Você

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Capítulo Revisado

A casa de Roberta é modesta, como pude constatar na última vez em que a visitei. Naquela ocasião, reparei que a pintura da casa apresentava um tom de rosa claro, que geralmente é associado à ideia de pobreza. É comum que as tintas com essa característica fiquem manchadas com o tempo, acumulando poeira e perdendo a intensidade da cor.

Assim como acontece em todas as casas que possuem esse tipo de pintura, a casa de Roberta segue o mesmo padrão, com a exceção dos vasos de plantas que trazem um ar jovial e fresco ao ambiente. Caso contrário, teria que respirar com medo da minha rinite.

Mas o que estou fazendo? Estou comportando-me igual à cretina da Raiane, julgando os outros pelas suas condições financeiras e falando mal disso. Talvez eu não seja tão diferente da minha irmã no fim das contas, somos irmãos. Sendo assim, será que estou apenas comentando sobre a realidade das coisas?

Espanto esses pensamentos coçando minha cabeça com o dedo indicador e começo a caminhar em direção à porta da frente da casa. A porta é uma grade, seguida por uma outra porta de madeira. Solto o ar e bato na porta, confiro no bolso a camisinha, sentindo o relevo do plástico no tecido da calça jeans.

Ao abrir a porta da casa, vejo uma Roberta que se apresenta de maneira sensual, diferente do que estava acostumado. Ela usava um vestido curto, uma sandália simples e estava perfumada.

Agora tenho certeza qual é o seu objetivo hoje; se era me deixar excitado, ela conseguiu:

— Miguel, entra, tô preparando um lanche para gente. — ela disse, sorrindo e abrindo a grade para me permitir entrar.

— E aí, Roberta, tudo certo? Nossa, você está linda hoje.

— Só hoje? — ela perguntou, erguendo as sobrancelhas.

Fiquei um pouco sem jeito, mas tratei de contornar a situação, abraçando-a e beijando-a no canto da boca. Quando se joga, é preciso saber como atirar.

— Vai para o meu quarto, você gosta de empanada?

Balancei a cabeça, encostando-me no batente da cozinha, enquanto a observava cortando a empanada em várias porções e colocando-as em um prato grande.

— Não tem ninguém em casa mesmo? — perguntei, coçando o meu braço.

— De jeito nenhum! Minha mãe teve que ir ao salão hoje e vai ficar lá por um bom tempo, e minha irmã está na escola.

Após essa informação, só consegui murmurar um "ótimo" antes de descer meu olhar para a bunda dela. Tão durinha... ela me lembra a do Tomás, com suas nádegas rígidas e como seus músculos se reagiram ao meu toque.

Afasto os meus pensamentos com um leve tapa no rosto, o que chama a atenção de Roberta. Ela me encara com uma sobrancelha erguida e pergunta:

— Que barulho foi esse?

— Foi um... mosquito. Ele pousou aqui no meu braço e eu o matei.

Ela acena positivamente, voltando sua atenção para cortar os lanches com concentração invejável. Nem mesmo nas aulas de matemática presto tanta atenção para um simples mosquito voando.

— Posso ajudar em alguma coisa...

— Não precisa. Porque não começa a arrumar nossas coisas para estudar? — ela pergunta, colocando o último pedaço do lanche no prato. — Meu livro e caderno estão na prateleira da esquerda.

Confirmo com a cabeça, caminho até o quarto dela e percebo que tudo é diferente do que eu havia imaginado. As paredes são em tons marrom e bege, os móveis são antigos, mas ainda bonitos e bem conservados.

Na prateleira, alguns livros escolares, em que reconheço imediatamente o livro de matemática que precisamos. Pego-o e fico analisando as decorações do quarto, um pequeno retrato dela em um parque próximo. Passei por lá quando estava indo para cá..

Estou tão distraído em meus pensamentos que não percebo que alguém já havia entrado no quarto, até que ouço Roberta pronunciar:

— Bisbilhotando, que feio! — Sua voz é melódica, com um tom sensual, como um miado de gato no cio. Não estou insinuando que ela está no cio - não é esse tipo de comparação mais apropriada.

— Desculpa, eu...

Me viro e vejo Roberta vestida em sua roupa. A porta está fechada atrás dela, o prato está em cima da mesa de cabeceira, os cabelos longos jogados para trás, dando uma visão perfeita de seu busto. Engulo em seco, sentindo meu amigo acordar lá em baixo. Ela dá alguns passos em minha direção, entreabrindo os lábios e sussurrando:

— Apenas penso em você...

Não me lembro de como nossos lábios se tocaram ou quando seu corpo se grudou ao meu, apenas sei que o gemido de satisfação que sai dos meus lábios é com certeza por causa da garota em minha frente, com suas nádegas fartas e corpo quente.

Eu seguro sua cintura com força e arranco um gemido manhoso dela ao apertá-la. Ela sussurra uma palavra chula. A encosto na parede e começo a beijar seu pescoço, mordiscando de leve. Seus gemidos me deixam duro e sinto minha cueca começar a umedecer levemente. Sei que o pré-gozo está chegando.

Procuro esfregar seu corpo em pontos sensíveis, passando meus dedos entre suas pernas, em cima da calcinha, em movimentos rápidos apenas para instigá-la.

Beijo seu queixo e então ataco seus lábios com um beijo apaixonado, mordiscando seu lábio inferior antes de puxá-lo levemente. Passo a mão em seu pescoço e lhe dou um leve aperto, enquanto começo a puxar a alça de seu vestido e pergunto:

— Você é virgem? — Minha voz sai rouca, carregada de tesão. Sinto meu pênis pulsar a cada movimento.

Com uma das pernas dela levantada e ao redor da minha cintura, agarro sua coxa e dou um tapa forte, arrancando um gemido longo. O tapa, junto com meus beijos em seu pescoço, fazem com que ela revire os olhos.

— Faz tempo que perdi essa inocência. Agora, para de conversa e me fode com força.

Ela gargalha no meu ouvido, seus pelos se arrepiando enquanto sussurro:

— Não dê asas a cobra, Roberta.

A jogo na cama com brutalidade. Seus olhos brilham de excitação enquanto suas pernas estão abertas para mim, deixando sua calcinha rosa claro bem molhada à mostra. Ela morde os lábios, abrindo ainda mais as pernas para mim e eu não demoro nem mais um segundo. Vou até ela, me ajoelho entre suas pernas e puxo sua intimidade em minha direção.

Puxo sua calcinha para baixo e me deparo com sua vagina rosada. Imagino o quanto vai ser delicioso estar dentro dela, sentindo o calor de sua intimidade ao redor do meu pau, que por acaso já está duro como uma rocha. Porém, eu afasto esses pensamentos, levando meu rosto contra ela e afundando minha língua na viscosidade deliciosa de sua intimidade.

Os gemidos de prazer agora são altos e indiscretos, aumentando o que já está quente e intenso. Não perco a oportunidade de tirar minha calça e cueca, me afastando dela por alguns momentos no processo. Enquanto eu estava me distraindo, ela pediu por mais e mais, atiçando o monstro dentro de mim que tratou de dar um tapa na sua coxa.

Voltei a chupar com gosto, lambendo nos lugares mais sensíveis, enquanto massageava seu clitóris com os dedos. Seus gemidos agora são como música para meus ouvidos e trabalho de maneira mais incisiva para ganhar mais de seus gritos de prazer.

Cansada de ser chupada, ela pediu ofegante:

— Miguel, me fode por favor. Quero que me coma!

Obedecendo à sua vontade, peguei a camisinha em minha calça, encapando meu pênis e me aproximei para penetrá-la.

A sensação me leva ao delírio, tudo está muito gostoso. Mas tenho uma confissão horrível a fazer, enquanto a penetrava com força, não era a Roberta que eu via ali naquela posição, com as pernas ao redor da minha cintura e o jeito de frango assado. Na verdade, era o Tomás, com sua bunda rígida, corpo musculoso, barba por fazer e arfando de prazer.

Eu só pensava no Tomás. Só nele.

Afogue as Lágrimas - Histórias Baianas • Livro 3 (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora