16- Então olha pra mim, Magnus

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Nota da autora: Meus amores! Esse vai ser o último capítulo de 2022 por motivos que eu já expliquei no cap 14, e também porque o próximo não vai ser muito agradável :( então eu preferi encerrar o ano por aqui mesmo, que tá bonitinho ainda ♥


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Magnus passou algumas horinhas com seus amigos no Salão dos Rapazes planejando aquele evento tão importante e tão em cima da hora em uma das Instituições que apoiava há mais de 3 anos.

Eles criaram um panfleto lindo e colorido anunciando muitas atividades divertidas para as pessoas irem conhecer, e logo de manhã cedo eles seriam distribuídos pela cidade.

Isso causou um alívio em toda aquela ansiedade, mas não o suficiente para deitar e dormir, então ele ficou andando pelo quarto distraidamente até ter certeza de que o Palácio já tinha encerrado suas atividades do dia.

Era quase meia-noite quando deu uma espiadinha pela porta e saiu para o corredor, sentando no banco diante da janela.

Talvez fosse demais permanecer de terno e gravata naquele horário, então pelo menos hoje ele estava mais preparado e teve o bom senso de usar um pijama de seda preta e chinelos peluciados que não se pareciam em nada com suas pantufas infantis de gatinho.

Ainda era casual demais para se estar na presença de qualquer pessoa, ainda mais um soldado como Alec, todo másculo e sedutor, mas Magnus precisava muito vê-lo, então permaneceu ali folheando uma revista.

Geralmente odiava esse tipo de coisa e evitava ao máximo ler qualquer revista, especialmente as especialistas em fofoca difamatória, mas ele estava terminando de ler uma matéria sobre a popularidade dos Selecionados quando ouviu seu nome ser chamado.

Ele deu um pulo de susto, mas suspeitava que o seu coração estivesse repentinamente acelerado porque Alec o chamou de "Magnus". Não "Alteza". Apenas Magnus, com aquela voz rouca e surpresa.

Não era a primeira vez que acontecia, mas significava muito porque na maior parte do tempo Alec ainda insistia nas formalidades.

- Você é muito sorrateiro. - Magnus observou com a mão no peito, tentando impedir que o coração pulasse para fora.

- Peço desculpas. - Alec respondeu enquanto se aproximava um pouco do banco, mas ainda mantendo uma distância que Magnus gostaria que não existisse. - Somos treinados para ser silenciosos.

- Faz sentido. Assim os inimigos não percebem a aproximação.

Alec assentiu, mas não disse mais nada.

Ele só ficou ali parado, provavelmente se perguntando o que o Príncipe estaria fazendo ali no meio da noite, mas Magnus não pôde deixar de imaginar como seria se levantasse daquele banco e o abraçasse.

Ele não pôde deixar de imaginar como seriam aqueles braços fortes ao seu redor, ou a sensação que seria ao enfiar o rosto na curva daquele pescoço lindo.

Era o cúmulo pensar que um pescoço era lindo, mas o que não era lindo em Alexander Lightwood?

Magnus começou a divagar mais uma vez por aquele caminho proibido. Um caminho que ele se recusava a acreditar que existia porque Catarina estava louca e ele não estava tendo nenhuma crise de identidade.

Já não bastavam as crises de ansiedade e depressão? Já não bastava ele se sentir sufocado naquela prisão contaminada por regras? Agora também tinha que ficar tendo pensamentos impróprios com outro homem? Ainda mais tendo uma noiva?

- Você está bem? - Alec perguntou de repente, e Magnus quase respondeu no automático que sim, mas seria uma grande mentira.

- Não parece que eu estou bem?

Um Coração em ConflitoOnde histórias criam vida. Descubra agora