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Lucas
17h36 da tarde.

Tô aqui puto indo buscar as meninas com os parceiros, recebi uma ligação de mãe, dizendo que a Vitória tinha sumido, já imagino o que seja, e essa desgraça toda é minha culpa.

havia umas 2/3 semanas que eu estava recebendo ameaças, estávamos tentando rastrear, mas, era descartável, toda vez era um número diferente.

deixei os cara avisado, estão tentando rastrear o celular da Vitória.

cheguei no shopping, peguei as meninas, ainda bem que não pegaram as crianças, eu ia preferir morrer.

negócio agora é caçar a vitória, não vou parar até encontrar a minha muié e o filha da puta que pegou ela.

Vitória
17h01 da tarde.

me trouxeram pra uma espécie de casa, em um beco isolado, eu tô amarrada e amordaçada, tiraram minhas roupas, tô só de lingerie.

tava tudo escuro, eu tava sozinha, eu estava ansiosa e com medo, não conseguia parar de tremer as minhas pernas, eu tenho muito medo de ficar sozinha no escuro.
quando eu morava só com a laura, eu sempre dormia com alguma luz ligada, seja abajur ou a luz do banheiro, com lucas não precisava, estar com ele acalmava qualquer medo meu.

quando penso que não, alguém abre a porta, o dia estava escurecendo lá fora, ele andou em minha direção e tirou a fita da minha boca.

***: olá, querida.- falou me olhando e olhando pro meu corpo.

ele era gordo, tamanho médio, forte, e feio.

eu estava com medo, mas, não podia demonstrar.

***: o gato comeu sua língua?- falou sorrindo e eu não respondi.

ele deu um tapa no meu rosto.

***: quando eu falar, você responde, estamos entendidos?

não respondi.

ele segurou meu maxilar com força.

***: estamos entendidos ou eu vou precisar te ensinar a ter educação?

balancei a cabeça como um não, em resposta.

***: ótimo.- foi pra trás da cadeira.- agora eu entendi o que o lucas viu em você.- apertou meu peito e beijou o meu pescoço.

eu já chorava ali, tudo o que eu vivi com o tiago vinha em minha mente.

***: tá chorando pq, nem fiz nada com você ainda.

eu estava travada, com medo.
mas, precisava ser forte pela as meninas.

***: não vou te fazer nada hoje não, aproveite a estadia.- saiu pela porta me deixando só no escuro.

QUEBRA DE TEMPO

já tinham se passado 5 dias, eu só comia e bebia água 2 vezes por dia, no almoço
traziam uma quentinha (almoço vendido) ruim, as vezes muito apimentada, salgada ou sem sal, e de noite 2 pães duros e secos.

a partir do 2° dia eles começaram a me bater e tirar fotos minhas machucada, o gordinho tentou abusar de mim por 3 vezes, e nas 3 foi impedido, algo sempre acontecia na hora.

a loira vinha me batia, fazia cortes em minhas pernas e nas costas.

fora quando era obrigada a ver a loira e o gordinha transando na minha frente, era nojento.

eu vivia um terror, não dormia direito, as vezes tinha alucinações, sentia fome e sede.

meu corpo todo doía, eles começaram apenas a amarrar minhas mãos e a minha boca, pelo menos eu conseguia ir no banheiro.

Lucas.
04h13 da madrugada.

Uma semana depois achamos eles, na favela do 33.

estamos nos arrumando pra ir invadir, aproveitar que ainda tá tudo escuro.

esses dias foram péssimos, as meninas choravam com saudade da Vitória, eu também sentia muito a sua falta, apesar que estávamos brigando bastante, a vitória era o amor da minha vida.

eu me apaixonei pela vitória, o cuidado dela me fez acreditar no amor.
pensei que nao fosse sentir tanto a sua falta, mas, ela é insubstituível, eu me acostumei com a sua companhia e não vou aceitar perdê-la.

dg: os caras já chegou, vamos.

lucas: bora, bora.

tinha parceria com 2 favelas, eles me abraçaram e decidiram me ajudar.
traçamos os planos e entramos por uns matos que tinha lá.

nos espalhamos em grupos, mais de 40 cabeças.
graças a um x9 que tinha aqui, conseguimos como tudo funcionava e saber aonde a vitória tava.

já fui em direção a casa, arrombei a porta e encontrei a vitória deitada em um papelão, percebi que ela estava desmaiada, ela tem o sono leve, teria acordado quando cheguei, ela tava toda ferida e roxa, só de sutiã e calcinha.

tirei minha camisa e vesti dela, passei com uma garrafa álcool em seu nariz pra que ela acordasse, ela abriu os olhos, estava fraca, dei água pra ela que bebeu ao poucos, acho que ela nem tinha me reconhecido ainda.

peguei ela no colo, saí dali com 3 parceiros, e fui pro carro, levei ela pra uma upa, os infermeiros atenderam e internaram ela.

já eram 8 horas, ainda sem notícias, os caras pegaram o tubarao e seus aliados.

levaram lá pra gn, acabaram com a raça deles e deixaram o tubarão intacto pra mim.

decidi deixar a favela do tubarão pros parceiros que ajudaram.

avisei mãe que tinha encontrado a vitória, ela ficou com as meninas em casa.

passei a manhã na upa, a vitória foi transferida pro hospital geral do estado, acompanhei eles de carro, depois fui pra casa, almocei, e voltei pro HGE fiquei esperando notícias dela.




perdao pela demora.

(cap nao revisado)








Por você até o fim.Onde histórias criam vida. Descubra agora