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SECÃO
12h38 DA TARDE.

terminei de almoçar, fiquei olhando a vitória comer e ajudando a laura,
essa mina tá mexendo com a minha cabeça, pqp.

tô achando que ela tá escondendo alguma coisa de mim, e acho muito bom ela me contar.

laura: já terminou tio Lucas?- perguntou levando uma colher de comida na boca.

Lucas: já, princesa.

vitória: vamo filha.- falou apressando a laura que enrolava com a comida na boca.

laura: já vou mamãe.- logo o celular dela tocou.

vitória: perai, come aí que a mamãe já volta.- falou levantando e indo pro banheiro com o celular.

levantei e fui atrás dela.
abri a porta, ela tava no vaso, e falando com alguém.
logo ela me olhou, fiquei esperando ela terminar, quando ela terminou, levantou e na hora q ia passar por mim, segurei firme o braço dela.

lucas: qual foi?- perguntei sério pra ela.

vitória: nada.- falou e tentou passar de novo.- lucas, me solta.

lucas: fala logo, vitória, agonia da porra, sei que você tá escondendo algo, e acho bom falar logo.- falei apontando o dedo pra ela

vitória: eu achei um trabalho.

lucas: só isso?

vitória: não, não seria aqui em Salvador, é em Feira de Santana.
paga bom, o horário é bom, e

lucas: e nada, você não tá achando que vai sair daqui de Salvador, ne?- falei com a voz carregada e ódio e medo.

vitória: mas, lucas..

interrompi ela

lucas: mas lucas minha pica, você só sai da minha favela morta. -falei, e soltei o braço dela, e ela começou a chorar.

voltei pra mesa pra vê a laura, faltava uma última colher.

lucas: só mais uma.

falei e ela colocou o último restante de comida na boca.

lucas: aeee, comeu tudo, monstrinhaa.- comemorei e brinquei com ela.

vitória veio com a cara fechada e pegou os pratos, ajudei ela e peguei as coisas também.

quando chegamos na cozinha, ela foi lavar os pratos, abracei ela por trás, apertei a sua cintura.

lucas: não adianta ficar de cara feia, se você quiser eu posso pagar mais caro.

vitória: não é essa vida que eu quero, lucas, vendendo meu corpo por dinheiro.

lucas: porra, posso fazer o que se eu tô viciado nisso.

vitória: e eu lucas? você achar normal isso, mas, eu nao quero isso, tenho uma filha pequena, e se...

lucas: e se nada, porra, já disse que vai ser assim.- falei, saí dali, e fui pra boca.

passei a tarde na boca, depois fui pra casa, tomei banho, fui deitar, passei quase 1h tentando dormir, me retei (estressei), cheirei uma fileira, aí fui pra casa da Vitória.
cheguei lá, bati na porta e nada dela abrir, fui lá e liguei.

lucas: tá aonde donzela?- falei cheio de ódio

vitória: tô em casa, o que foi?

lucas: pq eu tô batendo e voce nao atende?

vitória: pq eu tô no quarto da laura.

Por você até o fim.Onde histórias criam vida. Descubra agora