3.0 - Aposta e Promessa

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Bruce e os meninos estavam na batcaverna encarando o grande computador que mostrava o instagram privado de Selina. Isso não era um problema, claro, afinal, Tim era o melhor hacker que eles conheciam.

Não existia nenhuma informação que ficasse oculta por muito tempo, alguma evidência sobre os negócios da família que fosse passada a diante ou nenhuma localização escondida. Ele era um gênio!

Contudo, saiu do planejado quando Tim conseguiu encontrar apenas o e-mail e, quando rastreou o endereço IP, ele não encontrou o número dela. O Wayne logo deduziu que o e-mail estava logado a um celular sem chip.

Selina realmente prestava atenção nos papos de nerd dele.

—Uau, garoto! – A mulher o abraçou lateralmente visivelmente orgulho do fi- digo enteado.

Tim havia encontrado o assassino de crianças que estava apavorando Gotham City. Suas vítimas eram crianças de ruas, pois eram alvos mais fáceis. Elas viviam à margem da sociedade, sem pai nem mãe e esquecido pelo corpo social elitista.

Selina sentia doer cada parte de seu ser assim que encontrava mais uma vítima quando saía para investigar ao lado de seu noivo. Cada criança inocente que tinha sido arrancada brutalmente desse mundo. Os corpos dilacerados, as marcas de violência em seus braços, pernas e partes íntimas iriam assombra-lá pra sempre.

Tinha conhecimento de como a vida nas ruas era cruel e como ficava à mercê de vários perigos. Porém, saber que não importava quantas ONGS ajudasse ou quantas crianças resgatasse ainda sim existiria muitas outras naquela situação, ainda assim doía. Porém, um passo é um passo.

— Obrigada Selina! Fico contente que vamos colocar esse filho da puta atrás das grades. – Red Robin respondeu enviando a localização para o dispositivo de todos os membros da família.

— Não sem antes quebrar o brinquedinho dele. – Jason estalou as costas.

— Ninguém consegue fugir de seu radar, né?

— Na verdade, se a pessoa utilizar um celular descartável e sem chip fica indetectável. Ou até mesmo um e-mail sem nenhuma informação pessoal pode até sumir do mapa. Sabia que... esquece, você com certeza está entediada. – Tim riu sem graça. Damian e Jason achava sua conversa entediante, Bruce, Alfred e Dick fingiam se interessar apenas para ele não se sentir magoado.

— Não, não. Continue. Não se envergonhe por ser inteligente.

Os dois foram conversando o caminho todo. Ele falava sobre como funcionava a tecnologia e ela escutava.

Selina concluiu que ouvir o filho tagarelar animadamente iria prepará-la para o que estava por vir.

Bruce bufou frustrado. Depois do café da manhã, ele pediu para que Alfred ajudasse a Helena com a higiene matinal e a desfazer as malas. Enquanto ela estivesse no andar de cima, ele e os filhos tentariam achar uma forma de falar com a Selina e tirar a história a limpo.

— Mulher gato 1, Batman 0 – Jason zombou se jogando em uma cadeira giratória.

— E agora? – Tim perguntou.

— Por mim, ela pode ficar aqui. – Dick cruzou os braços e recebeu um olhar incrédulo de Damian.

Como assim eles deixariam aquela menina com uma história estranha, e mentirosa, ficar? Não se preocupavam com a segurança deles?

Seu peito apertou e ele tentou ignorar a sensação. "Você é substituível" uma voz em sua cabeça sussurrou e ele a ignorou.

— Sem saber se ela está mentindo ou não? Enlouqueceu? – O mais novo dos quatro perguntou.

𝐓𝐑𝐄𝐈𝐍𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐎 𝐁𝐀𝐓𝐏𝐀𝐈 | BatCatOnde histórias criam vida. Descubra agora