Capítulo 8 - Metal sob a Terra

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– Por que acreditaríamos em vocês? – questionou Alef, receoso.  

  Após serem derrotados em uma batalha de poderes contra duas garotas loiras que pareciam estar em missão com os Vingadores, Anna e Alef se viram vulneráveis como há anos não ficavam.  
 
  Estavam encurralados por elas, uma em cada lado para impedir que fugissem. Anna estava de frente para a menor das garotas – que devia ser uns dez ou mais centímetros menor que ela –, que parecia ser super forte e podia se teletransportar. Anna já havia visto tal feito em filmes, mas nunca pensou que realmente pudesse ser realizado na vida real.

  A garota era pequena e parecia uma boneca com cabelos louros e aparentes olhos verdes, pele clara, lábios carnudos e uma feição delicada ao mesmo tempo que era ameaçadora. Ambas usavam um uniforme formado por calça, blusa de mangas compridas, coturnos e máscaras – tudo preto – nos rostos que cobriam da testa ao nariz, deixando apenas os olhos, lábios e mandíbula visíveis.

  Alef estava de frente para a garota com quem lutara. Ela devia ser uns quatro ou cinco centímetros maior que Anna e assim como a outra, parecia mais nova em uns cinco anos. Tinha cabelos loiros, olhos verde-azulados e pele clara, mas estava suja no momento, pelas vezes que caíra no chão úmido e sujo durante o combate. Ao que parecia, tinha poderes telecinéticos, como Wanda, porém sem qualquer tipo de energia, e ainda algo indefinido relacionado à mente, já que descobrira os nomes de Anna e de seu irmão sem que eles dissessem, e de alguma forma fora capaz de bloquear os poderes deles. Ela parecia concentrada nisso até aquele momento e conforme o tempo passava, parecia cada vez mais desgastada.

  – Porque seriam estúpidos se não acreditassem. – Respondeu ela.

  – Não parece um motivo plausível. – Observou Anna.

  – A parte plausível se encontra no fato de que – argumentou a menor –, se não acreditarem em nós e não nos ajudarem, se perdermos a batalha... o mundo acaba e vocês serão cúmplices disso.

  – Isso, é claro – observou a outra –, se sobreviverem.

  – Vão conseguir suportar esse peso na consciência de vocês? – questionou a que estava em frente à Anna.

  – Sua preciosa Viúva Negra disse a mesma coisa – comentou Alef. – Disse que Ultron está planejando aniquilar a raça humana e que não nos pouparia apenas por estarmos o ajudando.

  – Eu não os pouparia de jeito algum se fosse ele – opinou a mais alta. – Falharam na única missão que lhes foi entregue.

  – Você nunca para de falar, não é? – disse Alef com um tom que Anna poderia até dizer que era de interesse.

  – Você não faz ideia. – Afirmou a outra. Elas deviam ser irmãs também, supôs.

  – Eu nem falo tanto assim. – Reclamou indignada.

  – Imagina se falasse. – Rebateu a mais baixa.

  – Certo – cedeu. – Sem crises familiares na frente dos novatos.

  – Novatos em quê? – indagou Anna.

  – No grupo. – Respondeu ela.

  – E quem disse que queremos fazer parte do seu grupo? – retorquiu Alef.

  – A sobrevivência? – interveio a menor.

  – Qual é, não pode ser tão ruim! – exclamou a outra.

  – Fazer parte do grupo em que o responsável pela morte dos nossos pais está? – sibilou Alef. – Acho que sim.

  – Olha, não sei se notaram – disse ela –, mas sou uma telepata, como a sua amiga aprimorada e falsa-mutante, Wanda.

O Legado - Era de Ultron [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora