Noite do dia das Bruxas

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Estávamos a apenas 48 horas do dia das bruxas, os ânimos estavam excessivamente aflorados, já que as coisas não estavam tão em ordem quanto pensamos que estariam, e a última coisa que queríamos era desapontar a diretora da nossa casa, ou Dumbledore. Já podia escutar a voz de decepção da Macgonagall ao ver que não fizemos metade do que a prometemos quando fomos questionados sobre os preparativos. Mas acima disso, não queríamos frustrar a escola, pois como antes nunca havíamos visto, todos estavam empolgados para festa, parece que não havia outro assunto.  Porém, eu tenho certeza que eles não estariam tão empolgados se soubesses que a banda ainda não havia nos confirma, e muitos dos ingredientes que seriam necessário para os pratos festa acabaram. Rafael, a nosso pedido, já havia ido ao corujal duas vezes naquela manhã para verificar se a coruja do agente da banda teria ido direto para lá, por engano, e sobre o segundo problema,  resolvemos então tirar parte do dinheiro para comprar alimentos na mercearia do pai de Jessie, que de bom grado se prontificou de recebê-los hoje pra gente. 

A professora Minerva avisou aos alunos da Grifinória que caso precisássemos de ajuda nos preparativos, era obrigação deles largar o que estivessem fazendo e nos ajudar. Ouvindo isso, Brenda teve cara de pau suficiente para quebrar o gelo antes estabelecido e deu o mandato a Sirius e Tiago de trazerem madeira para as fogueiras que estariam espalhadas pela escola. Essas fogueiras nem ao menos estavam planejadas, mas a ideia surgiu na mente da bruxa assim que soube do poder que fora empossada. Eu quase caí na gargalhada quando ela os encurralou para os informar dessas novas tarefas, porém Beatriz não esboçou sequer um sorriso, era notório era contra aquela situação. Ela não conseguiu sequer conversar com o Black na detenção, ainda era tudo muito recente, e eu não sei até onde ela gosta dele, e o inverso.

Os meninos saíram a contragosto para fazer a tarefa, nada disseram a não ser que voltariam em algumas horas. O silêncio era cortado pelos risos meu e de Brenda, mas logo o clima pesou e resolvi sair do salão comunal onde Bia e Brenda agora se estranhavam e fui até a biblioteca, onde, como todos com mais de dois meses de Hogwarts sabiam, Jessie costumava passar muitas da tardes. Cumprimentei a madame Galvaniane, que trajava um vistoso vestido verde escuro e um chapéu com o que parecia ser plumas de ganso. Provavelmente hoje ela esperaria alguém no castelo, não havia outro motivo para essa produção.

Passei pelos corredores repletos de janelas amplas e iluminadas e vi que Jessie, que estava na última mesa redonda de madeira,  estava acompanhada de Joyce e Eric. Os três estavam com pergaminhos de aritmancia abertos, eu os cumprimentei e sentei-me ao lado da Jones.

- O que estão lendo? - indaguei despretensioso, não estava realmente interessado, só queria ter algo pra conversar, mesmo tendo ciência de que atrapalharia a concentração deles. De qualquer forma, eles deveriam estar ajudando nos preparativos da festa, não lendo pergaminhos como se fossem estudiosos da biblioteca da Babilônia, ou qualquer coisa do tipo.

- Atividade de Aritmancia. Você já fez o seu? - respondeu Jessie, ainda concentrada.

- Não estou com tempo agora, muita coisa na cabeça.

- É pra logo depois do Halloween. - seu tom era óbvio, o que me fez parecer um displicente, e rela sabia que eu odiava parecer qualquer coisa próxima a isso.

- Bem... se vocês querem ajuda, conseguiram, se não, agora aguentem. Passe-me um pergaminho, por favor, Joyce.  - respondi no mesmo tom atrevido.

Cerca de uma hora e meia havia passado e tínhamos acabado de resolver as dez questões passadas pelo Professor Greengrass, um velho chato de cabelos compridos e loiros, cujo minha antipatia cultivava desde o primeiro dia de aula. Odiava aquela voz gasguita que ele tinha e seu olhar de julgamento para tudo que andasse e tivesse um sobrenome.

Drama, vinho e HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora