Casamento - Parte 2

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A cerimônia em si foi mais simples do que todo o resto: houve votos, palavras bonitas e inspiradoras do juiz que depois descobri ser um amigo da Bianca de colégio – Ainda ia perguntar mais sobre, quando desse – E por fim saímos da capela montada em um único dia no imenso jardim interno da mansão maior e passamos a receber os parabéns dos convidados.

Quase todos eu não conhecia, mas os que conhecia, eu fiz questão de abraçar, não era todo dia que a gente se casa não é mesmo?

E então começou a festa sob o sol suave da tarde e eu finalmente consegui alcançar minha cunhada... Er... Ela estava conversando com um dos conselheiros e eu só reconheci o loiro do meu pai quando cheguei perto:

— Cunhado! Oi.

Bárbara se virou para mim e Sehun pediu licença enquanto eu sorria sem graça para ele e tentava me acostumar com alguém que era idêntica a Bianca e ainda assim parecia completamente diferente e não era só no jeito de se vestir – Agora ela usava um vestido de corte reto verde água – Mas era em tudo mesmo, no cabelo de corte desnivelado, mas legal, nos olhos que pareciam brincalhões, meio como o JYJ e no sorriso afável. Bianca quase nunca conseguia nem mesmo sorrir... Imagina sorrir amistosa?

Era como ver minha esposa se ela fosse alguém comum, ou pelo menos alguém menos cheia de todo o peso de Imperatriz.

— E então, muito diferente?

Ela perguntou para mim e eu suspirei corando:

— Desculpe, eu só... Sabe, fiquei um pouco chocado.

— É o efeito gêmeas idênticas, ainda assim acho a mamãe e a tia Amber bem mais parecidas que eu e a Bi... – Ela veio para mim e me deu um abraço de urso – Estou feliz que você esteja com os meus irmãos, só ouvi elogios de você desde que Third passou a me ligar todo animadinho para choramingar sobre o boy do JYJ e como ele era lindo, fofo e inteligente e veja só, Bianca conseguiu conquistar um consorte para os quatro e juro que se eu não fosse louca pela sua prima, até eu entrava nesse casamento porque você é um fofo mordível, Yuto.

— Oh - Não sabia o que dizer porque acho que nunca encontrei ninguém tão franca a vida... Exceto a prima Bibi... Que sumiu desde que eu saí da capela... – Você e minha prima...?

Bárbara riu e assentiu:

— Eu e Beatrix é uma coisa complicada, mas a gente se gosta e estamos lindando com o fato de eu ser uma gêmea Campone e ela a herdeira fêmea dos Domenic. Acho que a essa altura você já sabe mais ou menos de toda essa problemática, mas sua família por parte de mãe é extremamente patriarcal e a minha é matriarcal e isso não teria problema algum fora das sete famílias, mas é uma complicação dentro das Organizações; contudo minha irmã the best, Bianca Campone aparentemente vai mudar as regras do jogo porque bem, primeiro ela pode e segundo, quem podia contestar ela não vai abrir o bico porque da última vez eles entraram em um duelo e Dom Francandi perdeu um olho e tecnicamente agora a mandachuva dos sete é minha irmã.

— Quê!?

Acho que eu perguntei um pouco gritado e ela me puxou para um canto do jardim mais discreto e me encarou mais séria:

— Você não soube do dia que eles invadiram a mansão? Eu achei que já estava trabalhando na Organização a essa altura...

— Sim, mas eu não sabia disso, a Bianca... ela... Ela se machucou naquele dia?

Bárbara me encarou e por fim riu frustrada:

— Minha irmã é capaz de matar uns dez homens com uma espada na mão, eu só vi outra pessoa com essa capacidade é a sua prima, cunhado, e ainda assim ela apanha um pouco, enfim, se preocupar com a minha irmã é no mínimo esquisito... Ela arrancou o olho do Dom Francandi com dois golpes... Bem, deve ser porque você a ama né, está estampado na sua cara, ai ai... Você realmente é um Domenic, vocês riem na cara do perigo... Mas quem sou eu para julgar? Bibi vai atrás de mim mesmo eu dizendo para ela que ainda vamos terminar assassinadas... Teimosa que só ela...

O novatoOnde histórias criam vida. Descubra agora