dolor y angustia.

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Teremos avisos importantes no final do capítulo!!

Boa leitura!

Pela primeira vez estavam dormindo juntos, abraçados, bom, não era definitivamente "a primeira vez", pois quando ainda estavam presos dormiam assim todas as vezes. Mas sim, era a primeira vez, eles queriam pensar que era a primeira vez, sabe? Como poderiam colocar na cabeça que o primeiro contato "romântico" foi dentro de um porão com restos de vida, era inadmissível.
A noite correu bem, por sorte nenhuma enfermeira foi checar Robin naquela madrugada, e Robin? Ah, o garoto se sentia extremamente bem, renovado, fazia muito tempo desde a última vez que conseguiu dormir bem desse jeito.

Finney não admitiria, pois, na sua cabeça, isso ainda era errado, mas também se sentiu assim.

O dia amanheceu, eram exatas 05:30 da manhã e Finney já havia despertado, ele ainda estava envolto pelos braços de Robin, que dormia tranquilamente, enquanto suas mãos pairavam sobre as bochechas de Arellano.
Ele olhava pensativo para o rosto do garoto, com uma expressão angustiada.
Conseguem imaginar quão doloroso era para ele? Sentir e não poder demonstrar, estava o sufocando aos poucos e temia que acabasse morrendo sem ar. Seus dedos passeavam tranquilamente pela pele macia de bebê de Robin, apreciando cada segundo pois sabia que não poderia ter isso para sempre, não poderia investir e muito menos correr atrás.

_ Isso é uma grande tortura.. _ Murmurou bem baixinho.

Mas, mesmo assim, ele se sentia feliz… O motivo? Se sentia grato por, pelo menos, poder ter Robin a seu lado, por ele ser seu amigo, mesmo que nunca pudesse passar disso, por puro medo, ele estava feliz pelo mínimo que tinha. Abriu um pequeno sorriso ao pensar por esse lado, "pelo menos isso.." era o que sempre pensava.
Estava tão centrado nos detalhes que não percebeu quando as orbes escuras de Arellano se abriram, fixando seu olhar marcante sobre os olhos de Blake, o mesmo que olhava de forma adorável para Finney, com um sorriso doce em sua boca. Já Finney, coitado, se assustou quando percebeu o olhar sobre si e tirou rapidamente suas mãos das bochechas do mesmo, tentando disfarçar o motivo do toque.

_ É… Eu só estava.. Hm… Tentando te manter aquecido, é… É isso! Estava muito frio de manhã..  Heh… _ Ria de nervoso, não conseguindo mais manter um contato visual firme.

_ 'Qualé, Finnzinho, confesse, você estava admirando minha esplendorosa beleza. _ Brincava, mas de certa forma também falava sério, as falas de Robin eram indecifráveis.

Finney sabia que era apenas brincadeira, que ele provavelmente só estava sendo sarcástico ou algo assim, mas, ainda assim, ficava sem jeito e não sabia como reagir, a única coisa que estava em sua cabeça eram os planos de como sair dessa situação embaraçosa. E sua única solução foi… Fugir.

_ Eu…. Eu já vou, Robin… Ah… F.foi muito bom ver você, eu volto depois… Eu acho, não sei… Tenha um bom dia, se alimente direito.. É.. É só isso.. _ Suas falas saiam de forma tão rápida que sua garganta quase se prendia em um grande nó, ele empurrava elas para fora enquanto, contra sua própria vontade, se soltou dos braços de Robin e se levantou chegando seu suporte de soro. _ Até mais, Robin! Tchau!

Ele caminhou rápido para a porta antes que pudesse receber qualquer outra resposta de Robin, tinha medo de onde as "brincadeiras" dele poderiam chegar, o alívio percorreu seu corpinho quando chegou à porta e pôde sair dali, seu rosto estava mais vermelho que o sinal de pare de um semáforo.. Para sua sorte ainda estava muito cedo para o início dos turnos dos médicos e enfermeiros, se fosse pego assim, saindo tão desesperado do quarto, com certeza receberia algum tipo de punição.
E, dentro do quarto…

_ Mas…. _ Suspirou baixo quando viu que Finney realmente tinha ido embora. _

O jovem estava agora sentado em sua cama, triste e desolado, tentando entender o que teria falado de errado para seu melhor amigo ter saído correndo assim. Essa não era a primeira vez que ele brincava assim, muito pelo contrário, antes de acontecer tudo isso com os dois, suas brincadeiras sempre envolveram falas sobre sua autoestima elevada, pelo menos a maioria delas, por que ele teria tido essa reação logo agora?
Mas isso não vinha ao caso agora, Robin não brincava quando falou que um pedaço era arrancado de seu peito quando Finney se distanciava.. Agora ele estava sentindo uma grande dor, não uma dor física, uma dor psicológica dentro de seu peito e podia sentir, lentamente, a tristeza mais uma corroendo seu ser.

Puedo Curarte? • Rinney (O Telefone Preto, fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora