AVISO: ESSE NÃO É O QUINTO CAPÍTULO DE THE TOTTENHAM COURT! Em comemoração aos 50k de TTC, resolvi fazer esse oneshot, onde Son consola Richarlison após a derrota do Brasil no jogo contra a Croácia. MUITO OBRIGADO pelos 50k de leituras (já estamos perto de 100k!!!) e pretendo continuar fazendo capítulos únicos do tipo em comemorações, então continuem lendo, por favor. <3 Caso gostem e queiram mais, me falem!! Amo vocês.
LEMBRANDO QUE ISSO É FANFICTION, SEM NENHUMA INTENÇÃO DE FERIR A IMAGEM DE NENHUM DOS ENVOLVIDOS.
THE TOTTENHAM COURT VOLTA AMANHÃ (11/12) COM SEU QUINTO CAPÍTULO.
Espero que gostem,
Angel.
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Richarlison sente que não consegue respirar. A sensação sufoca todo o seu peito e o puxa para baixo, como se ele estivesse nadando em uma correnteza da qual não consegue se livrar. Seus companheiros de time sentem o mesmo, mas isso não o ajuda em nada. De alguma forma, a felicidade dele deu espaço para uma sensação de vazio.
A gente quase conseguiu.
Ele tenta, mas ainda não teve a coragem necessária para assistir o replay do jogo, tentando descobrir onde eles erraram. Quem ele poderia culpar? O árbitro? O time da Croácia? Nenhuma das respostas é satisfatória o suficiente para tirar o gosto amargo em sua boca de ter perdido a partida mais importante de sua vida na busca pela taça. A felicidade dos seus dois gols no primeiro jogo, a euforia dos abraços dos companheiros, a parabenização de todos os brasileiros, o amor de sua família.
E, claro, Son.
O brasileiro não consegue mensurar o quanto estava gostando de jogar a copa com o coreano, principalmente com os dois disputando. Em confissões, com apenas os dois sozinhos, ambos desejaram serem um do país do outro para, assim, poder jogarem lado-a-lado, como em Tottenham. Quando o Brasil desclassificou a Coréia do Sul por três pontos de diferença, Richarlison ficou com medo que isso afetasse a relação dos dois. Que, de repente, Son mudasse e o deixasse sozinho.
Richarlison atravessou o campo, quando o jogo mal tinha acabado. Seu corpo fervia, um misto de sentimentos. Seu cérebro queria que ele ficasse feliz com sua vitória, com o Brasil passando para a próxima fase e o sonho do hexa cada vez mais perto. No entanto, seu coração pesava cada vez mais a cada passo que dava em direção a Som Heung-min, parado no meio do campo, completamente suado, respirando fundo e com a visão distante. Richarlison desejou poder ler todos os pensamentos de Son apenas para saber se ele o odiava.
Ambos os times se preparavam para fazer seus cumprimentos e saírem dos campos, agradecendo pela boa partida. Richarlison não podia cumprimentar Son com um aperto de mão, não naquele momento, não era isso que ambos precisavam.
— Sonny — Richarlison sussurrou, quando chegou perto o bastante para que apenas o coreano o ouvisse.
O jogador olhou para ele. Por uma fração de segundos, o brasileiro viu um lampejo de tristeza em seu olhar, como se, apenas ver o rosto de Richarlison o fizesse querer derrubar as lágrimas que está segurando. O torpor da exaustão quase é o suficiente para que ele desabe. No entanto, Son abre o seu melhor sorriso.
— E aí, Pombinho?
Mesmo sendo perigoso, Richarlison tocou levemente a cintura de Son, sua mão apertando com delicadeza o local. Ele não conseguia explicar o quanto queria que Son estivesse próximo o bastante dele para que pudesse abraçá-lo e sentir o seu cheiro. Se pudesse, arrancaria Son dali correndo e o levaria para seu hotel, onde seriam apenas só os dois, como ele tanto gosta. Quando estão sozinhos, Richarlison se sente o homem mais sortudo do mundo em ter o coreano só para si. O sorriso de Sonny é apenas seu naqueles momentos e de mais ninguém.
— Você está bem? — Richarlison perguntou, tão baixo que sente vontade de repetir, apenas para ter certeza de que Son o ouvira.
Sunny tocou a bochecha do brasileiro rapidamente, o apertando com delicadeza.
— Pelo menos fomos eliminados por você. — O coreano respondeu.
Agora, no hotel, faltando poucas horas para o Brasil voltar para casa, Richarlison apenas queria estar nos braços de Son, pelo menos por alguns segundos, só para se sentir um pouco melhor. Seu rosto está inchado de tanto chorar e ele mal conseguiu dormir nas noites que se sucederam a derrota. Se fosse em outra situação, o brasileiro até acharia engraçado. Ser eliminado logo após o amor de sua vida, como dois amantes morrendo em uma guerra, um após o outro. O drama e o teatro nunca foram o forte de Richarlison, ele reprovou em artes mesmo tendo aulas com seu tio, mas, com Son, tudo ao seu redor parece uma explicação do que é amor épico. Se sua vida fosse um musical, com certeza seria algo melodramático.
Enquanto arruma sua mala, as roupas jogadas de qualquer jeito e o gosto amargo na boca, ele recebe uma mensagem em seu celular. Sua primeira intenção é ignorar, mas outras se sucedem, até que o brasileiro perca a paciência e cheque sua caixa de mensagens.
menino ney: Tenho uma surpresa para você, Richas. Abre a porta.
O jogador caminha até a porta, sem ânimo. Quando ele abre, Son Heung-min o espera, usando a camisa da seleção brasileira, o autógrafo de Richarlison no peito, o coração mal desenhado tão visível quanto às cinco estrelas no brasão brasileiro. Em seu rosto, o sorriso que faz com que o coração do atacante bata como se tivesse acabado de receber um choque.
— Não vai me chamar para entrar?
Richarlison puxa o coreano para dentro do quarto e bate a porta com tanta força que todos os andares do prédio foram avisados. Ele não se importa, beijando Son como se sua vida dependesse disso. Os dois ficam ali, os lábios unidos, a língua dançando, a mão de Richarlison em volta da cintura do coreano, o trazendo para perto, prontos para quebrar as leis da física. Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, mas os dois não ligam para isso.
Son põe a mão no rosto de Richarlison e a eternidade se fragmenta em milhões de pedacinhos, apenas os dois ali, parados no tempo. Em todo lugar e ao mesmo tempo, Richarlison e Son estão juntos.
Quando o tempo deixa de ser suficiente e o ar fica curto, eles se afastam. Richarlison dá um selinho no coreano antes de abraçá-lo, o cheiro de seu pescoço não parecendo real por alguns instantes.
— Achei que você estivesse na Coréia. — Diz, beijando seu pescoço, completamente viciado. — O que aconteceu?
— Você perdeu uma copa do mundo, precisei pegar o primeiro avião de Busan para cá.
— E sua família? Você deveria estar com eles... Também perdeu uma copa do mundo.
Son dá uma risada, fazendo carinho na orelha de Richarlison. Ele passa a mão pelo cabelo ralo e descolorido do jogador, se perguntando como pode gostar tanto de alguém.
— Você também é minha família, Richarlison.
Os dois estão na cama, Son deitado no peito de Richarlison, o brasileiro passando a mão em seu cabelo, um carinho lento e um pouco bruto. Os jogadores se divertem lembrando de como Richarlison demorou para aprender a fazer um cafuné - palavra que Son adorou conhecer em português. Hoje, Son está rendido por cada toque dele.
— Precisei de você todos os minutos depois daquele jogo. — Richarlison sussurra, uma confissão que apenas o coreano tem o poder de tirar da boca do teimoso jogador.
Son beija sua bochecha.
— Vou estar aqui quantos minutos você precisar mais, meu amor. Nós vamos ficar bem.
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The Tottenham Court (2son)
FanfictionRicharlison é o novo integrante do time de futebol da Universidade de Tottenham, famosa pelo seus talentosos atletas e por ser a chance de ouro para qualquer um que queira entrar em um time importante em todo o continente europeu. No entanto, o bras...