The Tottenham Court (2son)

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Gente, quando acabarem o capítulo, não esqueçam de ler o aviso na nota de rodapé! Vou estar indicando algumas fics 2son que eu pedi lá no meu twitter. Espero que vocês gostem <3

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Como o esperado, Son Heung-min ganha seu primeiro jogo sem nenhuma dificuldade. A dupla de atacantes é imbatível – Son e Kane ofuscam completamente o terceiro atacante, que mal consegue respirar durante a partida. Richarlison observa, sentado no banco, a dificuldade que o outro jogador tem em acompanhar o ritmo dos dois maiores atacantes da Universidade de Tottenham.

O pensamento o corta como uma faca de caça: Ele teve sorte de não ser sorteado no time dos dois. A impressão é que Richarlison seria completamente engolido pela experiência de Son e Kane em campo. Quase ao mesmo tempo, outro pensamento: O brasileiro provavelmente conseguiria dar uma canseira neles.

Richarlison não tem muito tempo para manter essas duas observações na cabeça, porque o árbitro apita e o jogo termina, o time de Son ganhando por dois gols a zero. Love e Claire se agitam na arquibancada, enquanto Diego está digitando algo em seu celular, com um sorrisinho no rosto. O brasileiro não percebe, mas também tem seus lábios postos em um sorriso bobo, como o de um idiota apaixonado. Ele até tenta, mas não consegue tirar os olhos de Son enquanto o coreano caminha em direção ao vestiário.

— Vamos dar parabéns ao Son! — Love sugere.

Ele afirma quase que de automático, se levantando em um pulo, em direção ao vestiário. Devido a pausa entre os jogos, os cinco amigos caminham atravessando o campo em uma linha reta, conversando entre si, mas sem falar sobre nada além de futebol. Diego e Claire comentam alguns passes da partida e, sendo mais específico, o gol de Son, o mais bonito da noite até aquele momento. Um chute distante, bastante perigoso mas que, de alguma maneira, a bola simplesmente passou como um disco voador entre os jogadores, subjugando o goleiro e entrando em cheio. Richarlison não se lembra da última vez que se sentiu tão eletrizado assim por um gol.

No entanto, ele não participa da conversa. Está meio aéreo, preocupado. Ninguém mais pareceu perceber, mas Son mancou durante vários momentos da partida, pisando forte na grama em alguns momentos e, em outros, fraco demais. O brasileiro também conseguiu ver, apenas como alguém que não tirou o olho de Son o jogo inteiro, o coreano tocar em seu tórax, fazendo careta logo depois.

Mesmo que Son tenha dito poder jogar e, de fato, ter tiro um ótimo desempenho, Richarlison tem certeza de que ele pode estar omitindo seu verdadeiro estado, em relação à agressão sofrida pelos homens mascarados. O fato de ainda ter mais uma partida, dessa vez sem a supervisão atenta do brasileiro, faz com que a preocupação barre qualquer outro pensamento em sua cabeça.

Quando eles chegam na porta do vestiário, a barulheira de costume é a primeira coisa que eles ouvem. Love dá um passo para frente, afim de entrar, mas Claire segura a garota pela barra da sua camisa.

— Proibido para nós. — A inglesa diz, em resposta ao olhar de Love.

— Ah, quem liga?

— Provavelmente eles. — Diego responde, apontando para o vestiário com a cabeça.

Richarlison pigarreia, olhando para os quatro.

— Hum... Eu entro. — Diz, mascarando sua preocupação da melhor maneira que pode. — E vejo como ele está.

Claire e Diego confirmam, mas Love suspira, um pouco irritada. Richarlison bagunça o topo de sua cabeça, fazendo com que fios negros e platinados se espalhem de lá para cá. A coreana faz cara feia, mas ele apenas sorri, antes de respirar fundo e entrar no vestiário.