Capítulo Quatro.

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Eu dormia tranquilamente, isso pelo fato de eu ter esquecido completamente de colocar o relógio para despertar. Minha reunião com o pessoal que iria me auxiliar seria as 7:00, mas com o cansaço de ontem a noite, nada me veio a mente...a não ser Richarlinson.

Eu estou sonhando com algo relacionado a ele, mas do nada me veio uma música no meio do sonho, e foi assim que eu acordei. Com quatro meliantes no meu quarto de hotel, um com um pandeiro e os outros cantando.

- Que na vida o hoje, tem que aproveitar! - Vini Jr, Ney, Richarlinson e Paquetá cantavam animados, ou melhor, berravam.

- Que horas são? - Eu pergunto me sentando na cama, mas logo começando a rir com a cena.

- Você ia se atrasar para a sua reunião! - Neymar fala, animado, tirando os cobertores de cima de mim e me fazendo levantar.

- É mesmo! Espera, como sabiam a hora que minha reunião iria começar? - Os questiono enquanto vou para o banheiro escovar meus dentes.

- Richarlinson que falou. - Vini apontou, sorrindo como sempre.

- Stalker! - Saio do banheiro com a escova na boca.

- Stalker é uma palavra muito forte! - Ele se explica. - Eu gosto de "Atento aos detalhes".

- Eu gosto do termo "Louco". - Paquetá começa a rir.

- Só não lhe chamo assim porque realmente te falei sobre. - Começo a gargalhar junto a eles, enquanto Richarlinson fica de braços cruzados.

- Onde vocês vão fazer essa reunião? - Vini pergunta.

Vinícius sempre foi um amigo muito cuidadoso, e sempre cuidou de mim quando todos esqueciam de fazer isso.

Nos conhecemos a pouco menos de três anos, mas o considero um irmão da vida toda. Eu conto absolutamente tudo para ele, o que me lembra que preciso contar um acontecimento recente, pois eu já estava enlouquecendo.

- Vai ser em um estúdio, eles me passaram o endereço. E ah! Vini, preciso conversar com você mais tarde. - Nesse momento, eu estava gritando de dentro do banheiro, me trocando rapidamente, consequência de meu atraso e desleixo.

- Eu acho que já sei sobre o que é. - Não posso vê-lo, mas tenho a certeza de que ele está sorrindo.

- Sobre o que é? - Ouço Richarlinson perguntar.

- Ela acabou de falar que quer conversar com o Vinícius, não com você, incherido. - Consigo ouvir alguém entrando no quarto, e tenho a certeza de que é o Antony quando o ouço implicando com Richarlinson.

Saio do banheiro e pego minha mochila, a qual já está separada com coisas que precisarei para a reunião e coisas decorrentes ao dia.

- Okay, tenho que ir. Bom treino para vocês. - Dou um abraço rápido em cada um.

- Você não quer que eu te leve? - Richarlinson pergunta quando eu já estou na porta.

- Não precisa, acho que eles vão mandar um motorista. Obrigada. - Eu sorrio para ele, e novamente, quando eu estava quase saindo, ele me chama novamente.

- Você vai vir antes do almoço? Você precisa almoçar, né?

- Caso eu não chegue, eu almoço por lá mesmo, não se preocupe.

- E como você vai voltar? - Eu rio pela insistência.

- Seu pai te abandonou quando você era pequeno? - Antony pergunta, o provocando.

Eu me viro e vou até Richarlinson, sorrindo.

- Olha, eu preciso ir agora, tudo bem? Não se preocupe, eu estarei de volta daqui a pouco. - Eu falo como se estivesse explicando para uma criança, que de fato, ele parecia ser.

What If - Richarlinson.Onde histórias criam vida. Descubra agora