Capítulo Doze.

365 31 4
                                    

- E como você vai resolver isso? - Ele me pergunta.

Após passarmos no restaurante em que eu estava, e quase vomitarmos com a comida do lugar, tivemos que sair do local.

Por sorte, se você não se adaptar muito bem com a comida dos lugares por quais você viaja, MC Donald's tem em toda parte, e difícilmente há uma diferença muito brusca.

Paramos no mais perto que pudemos achar, e agora estávamos devorando alguns lanches. Richarlinson estava no quinto, mas eu permanecia no primeiro.

Aquela situação me fez perder a fome.

- Eu não sei. - Passo as mãos pelo rosto, cansada.

- Você sabe que não precisa resolver, né? - Ele sugere, me fazendo ficar confusa.

- Como assim?

- Nós podemos roubar a taça, irmos embora para Dubai e vivermos de planta. - Não me contenho e começo a rir.

- É um plano que eu adoraria com facilidade se não tivesse medo de ser presa. - Sorrio, pegando meu lanche que havia deixado de lado. - Podemos fazer assim, você e os meninos ganham a copa do mundo, nós vamos embora com a taça, voltamos para a Inglaterra e nunca mais falamos com o meu pai.

- Compraremos uma casa bem longe de paparazzis e jornalistas! - Ele fala, mastigando.

Respiro fundo, soltando o ar e sentindo o cansaço de algo que eu ao menos tinha culpa.

- Eu realmente não quero lidar com isso.

- Então me deixa te pedir em namoro e te assumir em todos os lugares. - Richarlinson pede, sem nenhuma vergonha.

- Quero que tenhamos tempo para nos conhecermos melhor. - Explico, mexendo em seu cabelo, desistindo completamente de meu hambúrguer.

- E não podemos fazer isso namorando?

- Por que quer tanto namorar comigo? - Pergunto, rindo de sua insistência.

- Porque gosto de você.

- E como sabe que isso é o suficiente? - Questiono.

- Porque nunca senti isso por ninguém. - Respondeu, olhando para o seu lanche.

Eu já havia notado algumas vezes que quando Richarlinson falava algo fofo, ou alguma coisa sobre o nosso relacionamento, ele dificilmente dizia olhando para mim. Era uma timidez seletiva, como a de uma criança.

Eu achava isso muito fofo.

- Como se sente sabendo que o seu sogro pode simplesmente te colocar no banco hoje? - Pergunto brincando.

- Eu me garanto.

Nós rimos um pouco e logo tivemos que voltar para a realidade.

Antes de sairmos do estabelecimento, não esqueço de pegar um sanduíche para Defante.

A viagem foi curta, e logo já estávamos no estádio que seria o jogo do Brasil em alguns minutos.

- Você vai vir com a seleção no ônibus depois, né? - Falo quando desço do carro.

- Vou, e vou fazer um golzão! - Ele se estica no banco do motorista, me dando um selinho pela janela.

Nos despedimos e entro para o campo em seguida.

Entrego o lanche para o Defante, que reclama pela meia hora de demora que havia tido.

Abro as mensagens do meu celular, e dígito para o meu pai brevemente:

"Nunca falo absolutamente nada para a imprensa, e nesse caso, não seria diferente.
A copa já vai acabar, e se você for contra algo no meu relacionamento, não precisará presenciar nada assim que voltarmos do Qatar. :)
Tenha um bom jogo."

What If - Richarlinson.Onde histórias criam vida. Descubra agora