Capítulo Cinco.

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Eu já estava quase acabando a marmita que Richarlinson havia feito pra mim. Estava sentada, toda torta, em um dos bancos do vestiário e Vini não estava diferente.

-...E então eu sonhei com ele. - Finalizo.

- E agora você está paranóica.

- Exatamente.

- Vocês fariam um casal tão fofo! - Ele exclama, animado, me fazendo arregalar os olhos.

- Tá doido?! E fala baixo. - Eu sussurro a última parte, o fazendo gargalhar. - Eu só sonhei com ele, Vini, e eu nem lembro o sonho! Não crie expectativas.

- Você não lembra o sonho, dona Clara? - Ele pergunta desconfiado.

- Não!

- Por Deus, você é uma péssima mentirosa! - E ele cai na gargalhada novamente, me fazendo rir junto.

- Talvez eu só tenha me sentido atraída por ele, e meu cérebro automaticamente me fez sonhar com isso. Mas qualquer coisa depois disso é impossível, somos apenas amigos, ainda mais agora! Eu vou ter que fazer várias entrevistas com ele, e absolutamente nada pode rolar. Nada!

- Já imagino os filhos... - Vini me provoca.

- Espero que puxem para a Clara, porque se puxarem para o Richarlinson, coitados. - De repente, a voz do Antony se faz presente no ambiente, e eu simplesmente congelo.

- Garoto, o que você tá fazendo aqui?! Sai daqui! - Eu grito com ele enquanto Vini quase se mija de rir.

- Ó, sem violência! - Ele fala quando eu o empurro. - Relaxa, eu não vou falar nada.

- Você é um boca aberta. - O acuso, fazendo ele fazer uma careta, falsamente ofendido.

- Eu?! - Antony coloca a mão no peito, como se tivesse ficado chateado.

- Vocês dois. Se falarem algo, eu juro que - Sou interrompida pelo deboche filho da puta de Antony.

- Vai fazer o que, Clarinha, postar no seu twitter? #chateada.

Eu penso por alguns segundo e logo abro um sorriso, fazendo eles ficarem confusos.

- Se falarem algo para alguém, e principalmente Richarlinson, eu coloco vocês... No banco. - Os dois fazem um som de surpresa, me fazendo rir.

- Eu não vou falar nada! - Vini diz rapidamente.

- Você é uma arrombadinha. - Antony me xinga.

- E...? - Pergunto, estigando ele a falar uma coisa que ainda faltava.

-...

- E...?

- Okay, eu não vou falar nada! - Ele grita, me fazendo ficar satisfeita. - Pirralha do caralho. - Ele sai do vestiário e deixa eu e Vini Jr rindo.

- Preciso ir para o treino agora, e você vai para o hotel jantar, antes que o seu carrapato roube outra marmita dos funcionários.

- Ele roubou do funcionário?! - Eu pergunto incrédula.

- Eu não falei nada! - Vini se defende, me dando um beijo na testa e caminhando até a porta do vestiário.

- Vinícius, volta aqui!

- Vai para casa, janta direitinho, durma bem e me manda mensagem quando chegar! Te amo. - Ele fala tudo como um raio, e sai do local rapidamente.

Eu rio sozinha e balanço a cabeça. Pego minha mochila e tampo a tupperware, deixando exatamente no lugar que Richarlinson havia colocado.

What If - Richarlinson.Onde histórias criam vida. Descubra agora