De volta ao Brasil

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Conforme havia combinado, Dr. Dylan passou as 14 horas em ponto na casa de Emily, para levá-la à casa de seus pais.

Quando adentrou o carro do médico, a morena ficou com medo dele agir de forma estranha com ela, devido sua última declaração, porém o médico continuava com a mesma simpatia que sempre tivera com ela:

- Boa tarde, Emily!! Como passou a noite de ontem? - Cumprimentou Dylan, sorrindo.

- Boa tarde, passei bem e você?

-Também passei bem, apesar de ainda estar digerindo a informação de ontem. - Brincou.

-Ai Dylan, por favor, esquece esse assunto.

- Esquecer?? Então posso agir como se eu não soubesse de nada? - Falou irônico.

-Aii, você é chato!! - Disse Emily, rindo do comentário. - Claro que não é para esquecer dessa forma, você entendeu vai.

-Eu sei, estou brincando com você, é uma forma de quebrar um possível clima tenso no ar.

- Você está certo, é a melhor forma mesmo.- Concordou Emily.- Dylan, você vai mesmo levar tudo isso numa boa?

-E de que outra forma eu poderia levar, Emily? A vida é sua, não tenho direito de fazer você mudar isso, apenas tenho que respeitar. E gosto muito da sua família, você sabe disso, não quero me afastar de vocês, até por que eu também gosto muito de você, não falo apenas por causa do interesse que demonstrei ontem, mas gosto da sua pessoa.

- Entendi, obrigada, também gosto muito de você, ainda mais depois de ontem.

- Depois do meu beijo? - Brincou novamente.

-Aii Dr. Dylan, hoje você tá demais. - Esbravejou Emily. - Quero dizer que depois de ontem, passei a te admirar mais, você me respeitou, isso é digno de uma pessoa séria.

- Você não tem com o que se preocupar em relação a mim Emily, continuarei te respeitando e espero de verdade que você encontre uma solução pra ser você mesma diante dos seus familiares. - Falou o homem, agora sério.

-É, isso eu também espero.

- Você vai conversar com seu pai sobre isso?

-Eu decidi conversar com ele sim, mas primeiro quero me encontrar com a Sue, acho que ela chegará de viagem na semana que vem, quero me acertar com ela primeiro e depois decidir junto com ela a melhor forma de falar com os meus pais.

- Entendi, acho que é a melhor coisa a se fazer mesmo. - Concordou o médico.

- Mas, acho que você já tem que estar preparada, porque a sua mãe vai especular algo sobre a gente.

-Com certeza, ainda mais depois de termos saído ontem. Ela vai pensar mil coisas, ai meu Deus, por que tem que ser assim??

- Relaxa Emily, quando a vida segue muito igual ao esperado, tudo perde a graça. - Refletia o homem. - Esse é o prazer da vida: se aventurar por lugares que nos levam além da nossa zona de conforto.

- É interessante esse ponto de vista, você deve ser um aventureiro.

-Sou nada, só tenho o hábito de enxergar a vida desse jeito. Emily, nós que trabalhamos na área da saúde, convivemos constantemente com duas extremidades opostas: a vida e a morte. - Quando você passa a ver muito isso, começa a perceber que o que mais vale é viver bem cada momento, pois tudo passa muito depressa. A vida voa aos nossos olhos e muita coisa que a gente deixa de fazer o tempo não permite voltar atrás.

-Nossa Dylan, você falando assim dá até um certo medo, sei lá, dá uma sensação estranha.

-Não é para ficar com medo, mas sim para refletir melhor sobre a vida e sobre o tempo muitas vezes perdido.

NOVO AMOR - EMISUEOnde histórias criam vida. Descubra agora