Meu mini alfa.

Epílogo.

As gravidezes masculinas são muito mais raras e muito diferentes das femininas, pois exigem uma quantidade incrível de energia e saúde. 

Os peitos de Jimin estavam cheios e doloridos, precocemente dando as gotas do puro leite paterno.

Jungkook tem ciência desse fenômeno natural que era possível ser feito pelo macho ômega no período da gestação, seus olhos não saiam das manchas molhadas, que estão se formando no tecido da camisa larga, que o ômega vestiu nessa manhã.

O ômega estava mais rechonchudo do que na semana passada, a tendência era crescer mais, ainda que a gravidez não fosse de risco, locomover-se estava ficando cada vez mais impossível.

Jungkook deveria estar reformando o berçário dos filhotes de coelho, mas ao invés disso, ele está encostado no batente da porta com a boca cheia de saliva, enquanto assistia seu seriado favorito do momento, este é Jimin caminhando de mal jeito pela cozinha da casa nova deles.

O pequeno ômega perambulava de um lado para o outro feito um pinguim, adiantava o almoço deles, pois estava faminto por três e mais ele mesmo.

Jimin agora tem sete meses de gestação, havia três coelhos machos em sua barriga já perceptível, muito perceptível. E ele a cada dia parece estar ficando maior.

Certa vez, ele ficou chateado, quando uma criança perguntou a ele, se ele não tinha medo de voar, pois se assemelhava a um balão redondo e inflável.

E Jungkook não ajudava muito em sua recepção na gravidez do companheiro.

O alfa adotou um costume irritante de passar quase uma hora inteira, apenas acariciando e conversando com a barriga grande e cheia de seus filhotes, para a grande frustração de Jimin, que constantemente estava sem paciência alguma para ser acariciado e melado por demorados beijos úmidos.

Mas aquele pobre alfa necessitado de amor, não conseguia parar de ficar com as mãos ativas, sempre apertando-o, acariciando e mordiscando a pele macia e clara do ômega, que naquelas estruturas tornava-se mais apetitoso e delicioso para o alfa cometer travessuras.

Seu sonho desde a infância, foi ter uma família com muitos filhotes coelhos com seu Maior cenoura, não poderia estar mais feliz, ainda mais quando a realidade superava todas as expectativas.

Aquele híbrido de coelho tem quase certeza de que aquela camiseta branca que o ômega vestiu, na verdade é dele.

Jimin agora estava com um refluxo de instinto, montava ninhos com as roupas de seu alfa para se enfiar dentro para sentir-se protegido com seus filhotes, ou quando usava as roupas de Jungkook e dormia abraçado a elas.

-O que você está olhando, hein? - Jimin bufa, olhando para cima desafiando. – Marido olhudo!

Jimin estava de cara com um alfa híbrido de Coelho gigante com mais de dois metros de altura. A diferença de ambos é gritante, tanto que Jimin teve que ampliar a mansão deles com portas bem altas para não incomodar seu alfa, tudo na casa era pensada em Jungkook, nele e seus filhotes.

As orelhas grandes de Coelho do alfa são cheias de piercings de argolas e transversais atravessando a cartilagem, o corpo do homem era musculoso e coberto por tatuagens que subiam seu pescoço e desciam seu abdômen.

O alfa viu o ômega minúsculo e ruivo lhe encarando como se fosse matá-lo apenas com os olhos, então puxou um sorriso com os lábios também acompanhados de três piercings. Um atravessando seu lábio inferior no meio, e dois de argolas nas laterais.

Jimin rosnou para seu alfa segurando a barriguinha volumosa, irritado com aquele sorriso cafajeste do mesmo.

-Isso te incomoda, minha amada cenourinha? - Jungkook pergunta, sorrindo enquanto se aproximava do ômega. - Achei que gostasse de receber minha atenção, Maior.

-Para de me irritar e vai fazer suas obrigações. - Jimin resmunga, totalmente sem paciência.

Jungkook tem lidado com mudanças de humor desde o primeiro dia, elas nem mesmo o perturbam mais. Ele se arrasta atrás de Jimin como um cachorrinho o dia inteiro.

Logo coloca uma mão no quadril de Jimin e a outra alisando a curva de sua barriga.

-Não é minha culpa você estar tão mal-humorado. - Jungkook murmura abaixando-se, e pressionando um beijo logo abaixo da orelha do ômega.

Jimin estremece com a respiração quente do marido em seu pescoço.

—É sua culpa sim, estou mal-humorado porque estou grávido, e estou grávido por sua causa!

O ruivo tem estado mais excitado do que Jungkook que era um Coelho ligado no doze por sexo, o ômega passou a acordar Jungkook no meio da noite para ficar horas pulando no pau do alfa, implorando para ser fodido como nunca, depois colocava a culpa nos bebês que precisam se exercitar e nos seus hormônios de gravidez.

O alfa leva um tapa na mão direita por estar o tocando e o deixando molhado do nada, Jimin resmunga algo baixinho sobre Jungkook ser um pequeno malcriado e insaciável Coelho, mas interrompido por um beijo.

—Jimin, vamos fazer amor. —Jungkook pediu de maneira chorosa, deixando claro suas intenções.

—Ah, você nem terminou de arrumar o berçário. — O ruivo resmungou contra. —E em breve as crianças estão chegando, comporta-se! —Deu um tapa, de vez no ombro do marido, para interrompe-lo, voltando a mexer a panela do almoço. Ele tinha de cuidar da fome das crianças primeiro, durante a noite certificaria de matar a fome do marido também.

Inevitavelmente, Jimin soltou um sorriso satisfeito, porque mesmo depois da rejeição, Jungkook não desgrudou dele, mantendo o queixo apoiado na cabeça do ruivo, o observando terminar de fazer a comida.

—Está com fome?

Jungkook não respondeu, ele apenas fechou os olhos, apertando os braços ao redor do marido, antes de enterrar o rosto no pescoço dele, os lábios deixavam um pequeno beijo na curvatura do ruivo, enquanto trocava carinho pela conexão da marca de acasalamento de ambos. 

O alfa estava deleitando-se com o inferno, de como o corpo de Jimin trouxe tão convidativo a sensação de alívio e prazer ao mesmo tempo.

Jimin sentia-se com segurança, finalmente quieto, finalmente contente, finalmente completo, finalmente feliz.

Jungkook estava á deriva, essa pessoa que estava com ele, era seu desejo, sua razão, sua vida, ele não precisaria de nada mais do que aquele rosto para acordar todas as manhãs, para adormecer assistindo.