A segunda parte da fanfic "Love Is Contract".
Nessa nova fase, Ming Elisa passa a morar em Michigan, entra em uma nova escola e está disposta a superar o amor que ela tinha por Choi San.
Mas, ela não sabia que Choi San viajaria pra Michigan, propon...
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Depois de ter feito o FaceTime com a mamãe, fico pensando seriamente sobre o que havia dito. Será que era ruim eu ter dito não? Por que o remorso sempre nos pega de surpresa? Conheço uma frase clichê que realmente fazia sentido: pense muito bem antes de falar!
E se eu tivesse dito: sim? Iria mudar alguma coisa? Por que quanto mais eu penso, mais minhas inseguranças dominam meu coração.
Resolvi tentar dormir um pouco pra ver se eu esqueci tudo aquilo, mas foi difícil. Não consegui dormir nada, acho que naquele momento eu precisava de verdade de uma terapia!
Foi o que eu fiz, no dia seguinte após a aula. Alana me acompanhou até uma clínica psicóloga, esperei ser chamada e assim entrei na sala.
- Boa tarde! Ming Elisa? - a doutora pergunta, faço que sim e ela me pede pra se sentar. - O que te traz aqui?
- Doutora pra ser sincera... - respiro fundo. - É sobre não saber controlar meus sentimentos....
- Hm.... Pode dizer, não tenha medo! - a doutora diz.
- Bem, pra começar eu estava morando na Coréia do Sul... Junto com a minha irmã e minha mãe, começamos a morar lá depois que papai morreu e precisávamos cuidar das coisas dele que ficavam lá. Enfim, eu estava num colégio muito... Como posso dizer.. Tóxico, digamos assim. As pessoas não sabiam se respeitar, e quando era espalhado boatos por lá a situação só piorava. Aí que eu conheci um garoto, no começo nós não dávamos muito bem... Até que resolvemos fingir estar namorando, aqui doutora havíamos até feito um contrato. Mas, acabou que nos apaixonamos e sabíamos que não iria dar certo. Ele teve que desistir de nós dois, pra se casar com uma garota que o pai dele havia escolhido, não foi fácil porque mesmo que as palavras dele fossem sinceras magoavam muito. E pra piorar tudo, mesmo que eu negue, eu ainda o amo! - digo tentando segurar as lágrimas.
- Elisa, você precisa se acalmar um pouquinho! Toma esse chá. - a doutora me oferece e eu logo tomo. - Primeiro, você precisava aprender a lidar com essas emoções que estão dentro de você. Eu sei que é difícil parar de gostar de alguém, não é dia pro outro... Mas, precisamos ter em mente que sentimentos não podem ser mais fortes do que nosso coração! Toda vez que você pensar nessas coisas, respire fundo, tome um chá e tenta fazer algo que você goste! Assim sua mente vai se acostumar e entender que seus sentimentos não podem controlar você. - a doutora diz.
O que a doutora havia dito mexeu de certa forma comigo, mas eu sabia que ela estava certa. Não podia deixar que um sentimento controlasse minha própria vida, eu sei que os hormônios as vezes possam ser invasivos. Mas, eu tinha que superar tudo aquilo numa boa. A volta pra casa foi silenciosa, Alana nem sequer falou um "A", mas assim que eu fizer algo ela mesmo tomou a iniciativa.
- Por que não me disse antes? - ela diz, cortando o silêncio que havia entre nós duas.
- Alana não queria que você se preocupasse com os meus problemas! - digo.
- Prima, você é muito especial pra mim. E eu quero te ver bem! - ela sorri. - Não sonhava que você algum dia pudesse gostar de alguém... Quando descobri fiquei surpresa.
- Quem te disse? - pergunto.
- Bem, sua irmã me contou uma parte e sem querer ouvi sua conversa com a doutora. - ela diz. - Me desculpa....
- Ok. De qualquer forma, qualquer hora você ficaria sabendo mesmo. - digo.
Eu queria poupar Alana de qualquer um dos meus maiores problemas, ela é uma pessoa muito legal e não merecia se envolver numa coisa dessas! Mas, eu me pergunto será que ele está feliz? Ou gostou de ter jogado esse joguinho?
Pois, eu seguiria o conselho da doutora, eu devia olhar pra frente e não me basear em um mero namoro adolescente! Eu precisava amadurecer, não pelas pessoas, mas sim por mim mesma.
Meses depois... O que antes era pra ser apenas uma temporada, já estava virando meses. E eu até que já estava me acostumando com tudo aquilo. A vida mais calma, sem tantas surpresas, era as das melhores sensações. Eu havia entrado pro clube de artes, estava começando a descobrir um novo hobbie em mim. Eu amava pintar, olhar para as pessoas, era como ser um passarinho que podia voar pra onde quiser. Era libertador.