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Antes de ir para a escola, Toni batia na
porta da enorme casa do Dr. Connors.
Tinha encontrado o endereço da mansão
na internet, o que não foi difícil para ela.
Viu o homem abrir a porta e depois lhe
direcionou um olhar curioso.

- Dr. Connors, não se lembra de mim,
eu..

- A estagiária do outro dia.

- Sim, eu mesma.
- Sei que é uma jovem de futuro, mas
essa é a minha casa. Agende uma reunião
no meu escritório. - Se deslocou para
fechar a porta.

- Sou filha de Michael Jauregui.- A
informação fez o homem a encarar
novamente.

-Toni? - Falou assustado - É você
mesmo?

- Acredito que sim, sou Toni Topaz.

- Entre, eu estava fazendo um café.

Já estavam na cozinha quando o loiro
serviu o líquido em duas xícaras, tendo
um pouco de dificuldade já que não tinha
metade do braço direito. Quando estava
tirando o bule de cima do balcão onde
Lauren estava encostada, o objeto bateu
em uma das xícaras a fazendo cair, mas
não chegar ao chão.Toni foi tão
rápida, que pegou o copo no ar e logo
em seguida bebeu um pouco do
conteúdo. Curt apenas parou a
observando com curiosidade.

- Ótimos reflexos. - Colocou o bule na
pia.

- Obrigada. - Sorriu bebendo mais um
gole e entregando a outra xícara para o
homem

- Infelizmente não posso te ajudar, Toni.
Não sei por que eles partiram e nem para
onde foram.

- Eu li o seu livro ontem. E muito
interessante, juro. Acha mesmo que é
possível fazer cruzamentos genéticos de
espécies?

- É claro que sim! Mas durante anos
zombaram do seu pai e de mim, por
nossas teorias. Não apenas grande parte
da comunidade, mas toda a Oscorp
também. Nos chamavam de cientistas
loucos. lamos mudar a vida de milhões,
inclusive a minha. Aí acabou. Ele... ele
foi... ele foi embora e levou a pesquisa
junto. - Deixou transparecer emoção,
Lauren só não conseguiu definir qual. -E
eu sabia que sem ele... sem ele eu não
conseguiria. Fiquei com raiva. Por isso
mantive distância de você e de sua
família. Só posso te pedir desculpas.
Ficaram em silêncio por alguns segundos

- E se funcionasse... E se eu fizesse funcionar? De quanto seria a predominância da outra espécie? Quais
seriam os efeitos colaterais?

- É difícil dizer, considerando que
nenhuma cobaia sobreviveu. - Encarou a
morena. - O problema sempre foi...

-O algoritmo de decaimento.

- Sim, isso mesmo... - Disse espantado.

- Ok. - Caminhou até a mesa - Posso
usar? - Apontou para um bloco de notas
com uma caneta que estavam sobre a
mesa.

- Claro. - Se aproximou.Toni pegou o bloco e começou a transcrever o mesmo cálculo que seu pai deixou. Virou o pequeno caderno para o homem, que analisou o cálculo com cuidado.

- Extraordinário. Como chegou a isso?
Toni apenas sorriu nervosa e apontou
para a própria cabeça. - O que acha de
me encontrar no prédio da Oscorp depois
da escola?

- Pode ser. - Balançou a cabeça
afirmando.

- Obrigado. - Voltou a encarar a equação
com extrema adoração.

A morena passava pela quadra da escola,
que por sinal estava cheia de pessoas
preparando coisas para o dia da formatura que se aproximava. Alguns garotos estavam jogando basquete, inclusive Archie. Até que ele defendeu a bola do ataque de um dos amigos. O objeto bateu em uma das latas de tinta de uma das garotas que preparava um cartaz. Toni logo notou que era Ally Brooke, uma das amigas de Cheryl .

Spidergirl -CHONIOnde histórias criam vida. Descubra agora