Início.

2K 141 25
                                    

Ayla point of view 🎤

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Ayla point of view 🎤
.

.

.

O que pode haver de errado em uma festinha pós show? Bom, tudo.

- Vamos logo Ayla, não seja estraga prazeres. - Belle insistia de forma incansável, ela era insistente quando queria.

- Não, Belle! Eu preciso descansar. - Ela me lança um olhar mortal. - Acha mesmo que vou trocar minha cama quentinha por uma cadeira de boate?

- Vai! Até porque você não é nenhuma idosa de 77 anos. - Ela passava seu batom em frente ao espelho gigante e iluminado de nosso camarim. - Vamos Ayla, só dessa vez... - Se vira com a cadeira giratória para mim e faz aquela carinha de cachorro pidão, seu sotaque francês era presente na fala. Merda, ela sempre falava assim quando queria algo.

- Eu me odeio por não conseguir dizer não a você. - Ela sorri vitoriosa. - Mas olha meu estado, eu preciso ao menos trocar de roupa. - Ela nega.

- Claro que não! Você está literalmente vestida de diva pop. - Ela da palminhas de animação. - E outra, hoje você vai definitivamente esquecer o Gabriel.

Bufo e olho pro teto, escorando minha cabeça no confortável sofá. Francamente, esquecer o Gabriel? Não sei se quero isso.

- Quem é Gabriel? Não sei do que está falando. - Falo e me levanto indo até o frigobar pegar uma água.

- Não se lembra? Eu lembro pra você. - Arqueio uma sombrancelha ouvindo a loira falar. - O cara que você fic - Jogo a tampa da garrafinha em sua cabeça. - Au.

- Eu lembro quem é Gabriel, 'tá legal? - Respiro fundo. - Vamos logo? Antes que você faça uma retrospectiva do meu antigo relacionamento.

Ela sorri e me puxa até a saída do camarim. Olho em volta vendo que ainda haviam pessoa na entrada do show, e algumas outras a ir embora.

(...)

O som de um funk extremamente alto entra em meus ouvidos, estamos em uma das poucas baladas de Londres que tocam playlists brasileiras.

Belle adorava isso, apesar de ser francesa a garota tinha mais espírito de brasileira do que eu mesma, que sou carioca e morei no Brasil até meus 17 anos.

Me apoio no balcão, olhando em volta, a boate era iluminada por luzes vermelhas por todo canto, o que a fazia ter um ar sensual, mesmo que não houvesse nada demais em seu real conteúdo.

Respiro fundo enquanto bebo uma bebida de origem duvidosa cujo Belle me deu. Eu estava ciente que bebidas não eram meu forte, nunca foram. Por isso, sempre evitei festas com bebidas, mas as vezes - como hoje - Era inevitável colocar álcool em minha boca.

Depois de meu terceiro copo minha mente de forma inconsciente vai até ele, quem eu menos queria pensar nessa noite, Martinelli.

Nós terminamos a dois messes, exatos dois messes. Merda, eu contei os dias.

Eu e Gabriel nós conhecemos em um jogo do Arsenal, time cujo sou torcedora desde sempre, por influência do meu pai. Lembro-me bem de pedir um autógrafo ao garoto, ele assinou minha camiseta e em menos de um dia, vi a notificação em meu Instagram.

"Gabriel.martinelli começou a seguir você"

Ainda me lembro da sensação inexplicável que senti. Depois disso, começamos a conversar, depois a ficar. E bem depois, a namorar.

Nosso namoro veio a público por meio de uma publicação de um Instagram de fofoca. Nossa intenção desde sempre foi deixar isso em "off". Mas foi inevitável, e então, quando assumimos uma onde de comentários sobre nós apareceu. Obviamente, por nós dois sermos figuras públicas conhecidas.

Eu, uma cantora mundialmente famosa por sua banda, e Martinelli um jogador de futebol extremamente famoso. Não tinha como dar errado.

Mas deu.

A dois messes atrás eu e Martinelli decidimos por um fim em nosso relacionamento, que durou três anos. Bom, foi difícil chegar a essa solução, mas estávamos a brigar muito, quase todo dia uma briga diferente. E sempre por motivos fúteis.

Então, nosso relacionamento chegou ao fim. Muitos ainda tem esperança que nos iremos voltar, um deles é meu pai. Suspeito que ele seja dono de um fãclube.

Nesse momento eu havia perdido a conta de quantos copos eu já havia bebido. E isso era perigoso. Ayla Mendes + bebida, era sinônimo de problema.

Minha visão estava meio embaçada, sentia que iria cair a qualquer momento, e então num ato que provavelmente não irei me lembrar amanhã, peguei meu celular e disquei o contato de Gabriel.

Desliguei o celular, não. Nem a pau.

Liguei de novo. Só uma mensagem não faz mal, né?

Desliguei. Claro que faz!

Liguei e por fim, abrir as conversas cujo não tive coragem de apagar, apertei na opção de áudio, logo a mensagem de voz começou a ser gravada.

"Oi Gabriel... É... Bom, eu provavelmente não lembrar disso amanhã então foda-se. - Soltei um risinho, me soltando a cada palavra. - volta pra mim gab, pelo amor de Deus. Você tem noção de quanto eu tô sentindo falta de você cara? Eu juro que vou te bater por isso. - Dei mais um gole e cantei a música que tocava em uma grande caixa de som. - Namoral Gabriel, tô com tanta vontade de te beijar agora, seu filho da puta maldito. Já sei! Vamos subir uma hashtag? Hashtag volta pra Ayla gab. - dei mais risada. - Juro que quando eu te ver vou te meter a porra de um beijo. - disso por fim e mandei o áudio. Desliguei o celular e então, não me lembro de mais nada."

𝐃𝐎 𝐈𝐍𝐈𝐂𝐈𝐎 - G. MartinelliOnde histórias criam vida. Descubra agora