Ayla point of view 🎤
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— Untouchable, untouchable. — Cantava enquanto me arrumava para uma festinha que Belle havia me obrigado a ir. Estava em live, gostava de fazer live's quando estava a me arrumar. — Próximo show no Brasil? — Li uma pergunta no chat enquanto passava blush em meu rosto. — Talvez nós próximos messes, não tenho certeza. — Enquanto rolava os olhos pelo chat, vi algumas contas dedicadas a mim e Gabriel. O que me fez sorrir internamente. — Sim! Ano de copa. Tudo de bom. — Respondi outro comentário relacionado a copa do mundo.
Depois de longos minutos, terminei de me arrumar e finalizei a live, desci as escadas e Belle estava a mexer no celular sentada no sofá, parecia estar me esperando.
— Caralho Ayla, tava se arrumando ou produzindo sua própria maquiagem? — Ela reclama e eu dou de ombros.
— Vamos logo antes que eu mude de ideia. — Disse firme e ela engoliu seco assentindo, pegou a chave do carro e foi em direção ao veículo.
(...)
— Merda Belle, já está caindo? — Falo sorrindo e a loira se escora em um balcão.
— Que nada. Estou ótima! — Olha em volta. — Olha amiga, é o Antony, nossa senhora, ele 'ta um gato. — Da um gole. — Mas prefiro meu homem.
Caio na gargalhada e me viro para trás, vejo Antony entrando no local junto de uma morena cujo sentia que já conhecia, porém não me recordava.
— Oh não! O babaca do Martinelli veio também. — Ela diz e logo meu sorriso se desfaz, vendo a figura de Gabriel entrar no local, enquanto cumprimentava todos com seu estilo despojado.
Mas que coisa, não posso ter um minuto sem esse bocó tomando meus pensamentos? Que merda.
— Uh, competição de bebidas. — Belle da pulinhos de animação. — O dever me chama, até mais! — Ela diz e some em meio a multidão.
Suspiro e viro minha bebida de uma vez, o som tocava de forma exageradamente alta, mas não me sentia incomodada com isso.
Enquanto conversava com umas pessoas aleatórias, mesmo não prestando atenção no que eles diziam, minha atenção vai até Gabriel, ele estava conversando com a moça morena, ela era linda.
Ele parecia desinteressado, mas assim que notou meu olhar sobre eles, ele me encarou e piscou. Babaca filha da puta.
Gabriel segurou na cintura da garota e então sussurrou algo em seu ouvido, apertei o copo entre meus dedos com força, mais um pouco e ele quebraria. E então, me viro a Matheus, que estava contando coisas não muito interessantes sobre sua vida, e coloco minhas mãos sobre sua nuca.
Ele me olha confuso e então sorri, achando que eu estava dando sua tão esperada chance. Suspiro levemente e encosto meus lábios nos seus, o viro levemente enquanto me segurava no mesmo, para que eu pudesse ter visão de Gabriel. Ele apertava a cintura da morena enquanto me fuzilava com os olhos, sorri de lado discretamente para Martinelli, que percebeu e aparentemente se irritou.
Terminei o selinho com um beijinho na bochecha de Matheus, que sorriu e levou suas mãos até minha cintura, aproximando nossos corpos. Olhei para o loiro em minha frente, afim de disfarçar meus olhares a Martinelli. Que nesse momento, estava se agarrando com a morena em seus braços, não me contive, revirei os olhos e então sai dos braços de Matheus.
— Vou pegar uma bebida, quer? — Falei meio sem jeito e ele concordou.
— Claro! — O loiro estava radiante, não posso negar que Matheus era lindo, mas não fazia meu tipo.
No caso, morenos, jogadores de futebol, especificamente do Arsenal. E que nesse momento estejam se agarrando com a porra de uma morena gostosa pra cacete. Raios Gabriel, eu te odeio tanto.
Sai daquela sala que estava começando a me sufocar, e então vou até a sacada de algum quarto aleatório, me sento em uma cadeirinha que havia ali e então abraço meus joelhos.
A bebida começava a fazer efeito, e isso não era nada bom.
Minha mente viaja até o show que faria amanhã, seria uma droga cantar de ressaca, eu irei matar a Belle por isso.
Logo meus pensamentos viajam novamente, mas agora a Matheus, meu baterista. Nós conhecemos desde que tínhamos 15 anos. No tempo da escola, ele era o famoso popular, o sonho de todas as garotas, exceto eu. Desde que nós conhecemos Matheus pede uma chance, as vezes na brincadeira, as vezes sério, mas eu sempre levo na brincadeira, pois sei que meu passado mal resolvido ainda há de me atormentar, e não quero outra pessoa para se machucar junto comigo nessa história.
Sim, meu passado mal resolvido é Martinelli, o cara mais filha da puta que eu já encontrei na minha vida. Mas ao mesmo tempo o cara que mais fez meu coração bater de forma acelerada, e que me fez sentir o tão sonhado amor de verdade.
O vento frio bate em minhas pernas descobertas e então, me 'encolho mais ainda naquela grande cadeira. Meus fios de cabelo castanho brilhavam sobre a luz da enorme e linda lua.
"Eu amo você Ayla, amo o brilho dos seus olhos, são como a brilhante e apaixonante lua."
Me xingo mentalmente por lembrar da fala dele.
E por falar nele.
— Eai gatinha, vem sempre aqui?
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Não sejam leitores fantasmas, comentem e votem caso estejam gostando!!
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𝐃𝐎 𝐈𝐍𝐈𝐂𝐈𝐎 - G. Martinelli
RomanceOnde em uma madrugada, Ayla acaba passando dos limites em uma festa, e bêbada, manda uma mensagem de voz para seu ex, Gabriel Martinelli. copyright of © clawzzx