Nem lembro quando cheguei a te conhecer
Com essa sua promessa de me proteger
Já veio tomando o seu espaço
E me seduzindo com o seu abraçoEngraçado como que nasce as dores
Explicando pro dono da floricultura
Que nem tudo são flores
Até porque algumas habitam sepulturaSempre brinquei com a pólvora
Sempre tive ousadia na minha rima
Acendi o cigarro do lado da bomba de gasolina
Não hesitava hora nenhumaAté isso você me tirou
Entrou na minha mente e me encheu de receio
No final não compensou
Me xingando até fazer eu me sentir feioEngraçado que você conseguiu
Só me pergunto quando você vai embora
Rezando pra alguém me dizer que você fugiu
Por quê é tão difícil te por pra fora ?Você fez eu odiar quem eu sou
Cada traço e até o jeito que eu falava
Só me sentia bem se uma branca aprovou
Isso aos poucos me matavaEncheu minha mente com o seu padrão
Me fez refém da minha falta de informação
Nunca escolhia alguém parecido comigo
Se do seu mal eu conseguisse ver metade
Por isso que nunca me entenderam de verdadeNunca mais vou te atender, isso foi uma falha
Te ignorar agora se tornou crucial
Logo eu que procurava todo dia por batalha
Como deixei você me tornar tão antissocial
Sempre fala com os mesmos
E tem medo do que vem se tornando
Sempre andando a esmo
Trouxe a sensação de estar incomodando
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Estamos sozinhos nisso juntos
ŞiirPoesias marginais cheia de metáforas,algumas dores misturadas com felicidades na diferença de uma linha