01 | caderno amarelado.

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Havia dois motivos pelo qual eu gostava de ir à mercearia do sr. Choi logo cedo.

Primeiro: Pela manhã, o café aparentava ser mais gostoso do que a tarde.

Segundo: Era o horário em que eu podia ver Park Jimin.

Todos os dias, incluindo sábados e domingos, ele sentava-se naquela mesa de canto, pedia um café expresso com mel e começava a escrever algo em um caderno desgastado de folha amarelada que ele sempre carregava consigo.

Já eu, tinha uma zona registrada na lojeca: A bandeira.

De lá, eu observava o sujeito cotidianamente, até que ele fosse embora em seu ritual diário. Ele sempre fazia as mesmas coisas todos os dias:

Primeiramente, fechava o caderno, tomava o restinho do café reservado para o momento de ir embora, guardava o lápis em sua calça de veludo e trazia a xícara até o balcão. Em seguida, ele olhava para mim, me oferecia um sorriso mediano e agradecia ao sr. Choi pelo café. Pagava ele, me olhava de soslaio em silêncio e então seguia para fora da mercearia.

E a cada um dos seus rituais, eu me apaixonava ainda mais por ele.

1954 | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora