O gesto

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- Nami. - Chopper chega até a ruiva que estava sentada em uma cadeira de descanso no covés.

- Olá, Chopper. - O comprimentou com um sorriso.

- Eu preciso de sua ajuda. - Se sentou do lado da navegadora que estava aproveitando a brisa.

- O que você precisa?

- Eu liguei para um grande profissional da medicina, eu pedi uma coisa e ele falou que me ajudaria. - Explicava a rena. - Ele me falou em qual ilha ele estava, e o Luffy falou que vamos ficar um tempo nessa ilha.

- Entendi, você quer minha ajuda para chegar nessa ilha. - Nami entendeu a onde o médico do navio queria chegar.

- Isso mesmo! - Chopper afirmou.

- Bom qual é o nome da ilha?

- Werty.

- Eu sei qual é, não é muito longe. Chopper qual agulha do meu Log Pose não está se mexendo muito, e onde ela está apontando? - A navegadora estendeu seu braço esquerdo para Chopper.

- A agulha que não está se mexendo muito é da direita, e ela está apontando pro leste. - A rena observa o Log Pose com uma cara pensativa.

- Entendi, Chopper me leva até o Jinbe. - A navegadora se levanta junto com o médico.

- Claro! - Chopper ajuda Nami ir até o timoneiro que estava no leme. - Bom, Nami eu tenho que ir, você pode se abaixar um pouco?

Nami fez o que a rena tinha pedido e a mesma recebeu um beijo muito fofo da rena na bochecha.

Após o gesto, Chopper foi em direção ao seu escritório.

- Jinbe. - Nami o chamou.

- Oe Nami. - O timoneiro estava com as mãos no leme.

- Eu vim ajudar na direção da ilha que o Chopper quer ir.

- Ainda bem, confesso que não sei exatamente onde fica Werty. - Confessou sorrindo.

- Não tem problema, por isso vocês tem essa navegadora incrível, que até sem visão ela consegue navegar o Sunny. - Falou com um ar de superioridade.

- Você tem toda a razão. - Jinbe entrou na brincadeira, e os dois começaram a ri.

- Bom... - Nami levantou o seu dedo indicador para o alto, e sentiu o vento bater nele. - Não vai ter chuva hoje, Jinbe, vira o Sunny para o leste.

Jinbe faz o que a navegadora pediu e gira o leme fazendo o navio ir ao leste.

- Jinbe, tem mais alguém além de nós aqui no covés?

- Sim, tem o Usopp e Franky.

- Ótimo, quero que você e eles soltam as velas e as amarram.

- Tá bom.

Jinbe foi até seus companheiros e pediu o que a navegadora mandou para eles.

Os três fizeram o que a ruiva disse, e um vento muito forte bateu nas velas fazendo o Sunny navegar muito mais rápido.

Depois do navio ter navegado a alguns quilômetros e o vento ter se acalmado, os três guardam as velas.

- Bom, eu tenho que ir Jinbe. É só nós continuarmos no leste que vamos chegar na tarde de amanhã.

- Tá bom, Nami. - Falou o azulado com um sorriso.

Nami pegou sua bengala, a estendeu e foi em direção a sua sala de fazer seus mapas.

Quando Nami entrou, ela tomou muito cuidado para não esbarrar nos móveis. A ruiva tocou em uma planície de madeira encontrando a mesa.

Ela sentou-se na cadeira com cuidado e ficou pensando.

Sentia falta de desenhar seus mapas. Estava um tédio e não tinha nada para fazer.

Até que ouviu um resmungo atrás de se a assustando.

- Nami... - Resmungou um moreno que só pela voz Nami identificou quem é.

- Luffy?! O que você está fazendo aqui? - Deu pra perceber o tom irritado da navegadora.

Afinal, ela acabou se assustando, sem a visão tudo se tornou como uma selva.

Tudo se tornou perigoso.

- Eu estava me escondendo do Sanji, ele soube que eu descobri a senha do cadeado da geladeira, só que eu acabei dormindo aqui.

- Entendi, agora você já pode sair daqui.

- Por que? Eu gostei de ficar aqui. - Luffy fez biquinho.

- Porque eu quero privacidade, e também porque você me assustou.

- Me desculpa Nami, eu não queria te assustar.

- Tá... Eu te desculpo. - Nami se rendeu, não conseguia ficar muito tempo brigada com seu capitão.

- Nami...

- O que é?!

- Eu quero ficar aqui.

- Não.

- Por favor, eu juro que não vou incomodar.

- Tá! Mas se você começar a me atrapalhar você vai sair na hora.

- Shishishi. - Nami acha fofo a risada de seu capitão que a mesma acaba sorrindo para o moreno.

Nami pegou um livro que estava na mesa, Robin tinha dado esse livro para a ruiva, nas páginas dele as letras tem volumes e é bem marcada.

Esse livro é próprio para cegos, Robin tem ele porquê queria saber como é.

A navegadora abriu o livro e passou os dedos nas letras, formando palavras, formando frases e formando parágrafos.

Tudo que a ruiva estava fazendo era observada pelo moreno.

Ele acha interessante tudo o que ela faz, cada gesto, cada toque se tornava encantador.

Ela é tão sutil, tão delicada que não queria que ninguém encostasse nela. Ele vai fazer de tudo para que ela tenha sua visão de volta.

- No que você está pensando, Luffy?

A voz de Nami tomou conta dentro daquele lugar, interrompendo o silêncio e os pensamentos do moreno.

- O que?

- É muito raro ver você em silêncio, você deve está pensando em uma coisa muito importante para você.

- Verdade, eu estou pensando em uma coisa muito importante pra mim. - Sorriu sem mostrar os dentes.

- Entendi, então vê se continua pensando nessa coisa que está sendo maravilhoso para mim. - A ruiva também sorriu sem mostrar os dentes.

- Não entendi.

- Pois devia... - Deu um pequeno riso.

- Nami me explica! - Luffy não estava entendendo o motivo do riso da amiga, mas estava muito curioso.

Nami se levantou, ia dar um passo para poder ir em direção ao sofá, mas foi impedida pelo escorregão que deu ao pisar em uma de suas pantufas.

Fechou os olhos por reflexo esperando o baque contra o chão.

Mas ele não veio.

Luffy foi rápido o suficiente para segurar Nami em seus braços impedindo a queda.

- Nami, você está bem?!

- Eu... Eu acho que sim...

- Que bom... - Um suspiro do moreno foi ouvido antes dele dar um abraço na ruiva.

Os dois estavam sentados no chão enquanto estavam abraçados, suas pernas estavam se tocando espalhadas pelo chão.

Nami estavam em choque, mas não demorou muito para retribuir o abraço.

Luffy estava aproveitando cada segundo daquele abraço quente que estava recebendo, o toque que estava recebendo pela pele alva da ruiva.

Jamais deixaria que sua ruiva se machucasse.

𝐀 𝐂𝐄𝐆𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐃𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 || 𝐍𝐚𝐦𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora